O Globo Repórter desta sexta-feira (4) destacou uma revolução tecnológica que está acontecendo no Brasil. O programa mostrou inovações que parecem ter saído do futuro e que já impactam a nossa vida. Saiba mais abaixo.
Robertron, o amigo do futuro
Robertron: robô gigante desperta curiosidades nas ruas de Campinas (SP)
Na Rua 13 de Maio, em Campinas (SP), um robô gigante desperta curiosidade. É o Robertron, o amigo do futuro. Equipado com câmeras, sensores e inteligência artificial, ele foi programado para interagir de forma simpática com o público.
“Me dá um abraço?”, diz o robô.
Robô gigante desperta curiosidade em Campinas (SP) — Foto: Reprodução/TV Globo
O Robertron é resultado de uma startup de Campinas que utiliza impressoras 3D para fabricar suas peças e diferente dos tradicionais robôs feitos com peças importadas, esse é quase 100% nacional, com exceção de alguns sensores.
Os criadores são os amigos de faculdade, Marcus Vinícius Lima e Vinícius Bastos. Com mestrado e doutorado na Unicamp na área de robótica, a dupla montou uma pequena fábrica e cria máquinas com inteligência artificial que transportam peças para a indústria.
“Quando criança, tinha essa ideia de abrir os brinquedos para ver o que tinha dentro. Na faculdade pública não tinha muitos recursos para fazer isso. Então, eu tive que montar uma empresa, e foi onde eu aprendi a comprar componentes eletrônicos, ver o que tinha no Brasil e o que não tinha para tentar fazer da forma mais barata possível”, diz o empresário, Marcus Vinícius Lima.
“Para a gente andar num ambiente desconhecido, a gente precisa de um mapa. O robô também precisa, e ele cria o mapa dele com um sensor a laser que vai servir de referência para navegar. Fora isso, ele precisa enxergar e desviar das pessoas. Justamente por isso ele tem as câmeras”, ressalta o engenheiro de automação, Vinícius Bastos.
Amigos de faculdade, Marcus Vinícius Lima e Vinícius Bastos criaram robô quase 100% nacional — Foto: Reprodução/TV Globo
Robô assistente
Consultório de odontologia em MG conta com robô assistente: ‘Excelente funcionário’
Robôs também invadiram Poços de Caldas (MG), onde está o primeiro consultório de odontologia robótica no mundo. Nesse lugar de última geração, um robô atua como recepcionista e auxiliar odontológico. Ele fica na recepção, recebendo clientes, leva refeição no quarto, faz um translado entre a central de materiais e todos os consultórios.
“Um excelente funcionário! Só não pode deixar de carregar a bateria”, brinca o doutor em reabilitação oral, Sérgio Cândido Dias.
Robô assistente de consultório em MG atua como auxiliar odontológico e recepcionista — Foto: Reprodução/TV Globo
A sala do centro cirúrgico tem telas que parecem um videogame. Misturando imagens em 3D, QR Code e geolocalização, a técnica une a mão do homem e a precisão da máquina.
“Imagine que você vai jogar uma partida de videogame. Na boca do cliente, fica instalado um pequeno sensor, e o outro sensor fica no motor de implante. Com isso, uma cirurgia de implante que na metodologia convencional demoraria 1h, 1h30, utilizando essa tecnologia, nós fazemos a cirurgia em 12, 13 minutos”, ressalta Sérgio.
A sala do centro cirúrgico tem telas que parecem um videogame — Foto: Reprodução/TV Globo
Macacão para vírus letais
Laboratório em Campinas promoverá pesquisas para vírus altamente transmissíveis e letais
O Superlaboratório Sirius, em Campinas (SP), produz imagens tridimensionais para enxergar as menores partículas do universo. Esta estrutura científica vai ficar ainda maior até 2026 com a criação do Orion, um laboratório de segurança máxima para pesquisar vírus altamente transmissíveis e letais, como o ebola. Esse também será o primeiro do mundo ligado a um acelerador de partículas.
“Vamos dizer que o Brasil precise desenvolver vacinas ou mesmo se surja de repente uma pandemia, você tem um ambiente para poder atuar”, destaca o diretor geral do CNPEM, Antônio José Roque.
O laboratório contará com dois andares dedicados ao tratamento do ar, e os pesquisadores vão passar por oito barreiras. O controle rigoroso visa garantir a proteção tanto do pesquisador quanto da sociedade.
Tatiana Ometto, especialista em biossegurança do CNPEM foi a primeira brasileira a fazer treinamento nos Estados Unidos para a implantação da tecnologia. Os vírus letais exigem um macacão similar ao de astronauta, alimentado com oxigênio externo.
“Esse ar limpo entra, passa por um filtro e entra para o pesquisador conseguir respirar, sem ter risco de contaminação com algo que está no laboratório”, diz Tatiana.
Macacão para vírus letais — Foto: Reprodução/TV Globo
Metaverso do campo
Metaverso do campo: conheça tecnologia que leva a roça para o mundo virtual
Nos cenários desenhados pelo café e campos de pastagem, o sensor no pescoço de uma vaca acompanha os movimentos do animal e gera simulações para o metaverso. Trazem para o mundo virtual uma espécie de game da roça.
“A ideia dessa fazenda aqui é a gente ter essa representação no mundo virtual, do que está acontecendo de verdade em tempo real”, ressalta o estudante do Inatel, fundador da start-up, Marcos Cesar Freitas da Silva.
Sensor no pescoço de uma vaca acompanha os movimentos do animal e gera simulações para o metaverso — Foto: Reprodução/TV Globo
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