Desafios de uma mãe na era digital: tecnologia, limites e conexões reais


TELAS E INFÂNCIA: O EQUILÍBRIO NECESSÁRIO!
Alcione Martins, vendedora autônoma e mãe de uma criança autista, compartilha sua experiência com o uso consciente de telas e a busca por um desenvolvimento saudável.

Bruna Arantes – Na correria do dia a dia, o celular muitas vezes se torna um recurso para distrair ou até educar as crianças. Para Alcione Martins, vendedora autônoma e mãe de um menino autista de 8 anos, o desafio de equilibrar tecnologia e interação humana é constante. “Criança precisa de abraço, carinho, colo e atenção. Não dá para deixar as telas substituírem nossa presença e afeto”, enfatiza.

Alcione reconhece que o celular pode ser uma ferramenta útil, especialmente para crianças com necessidades específicas como o autismo. No entanto, ela alerta sobre os riscos de um uso descontrolado. “Meu filho aprende muito com vídeos educativos, mas sempre monitoro o que ele assiste. Tudo na vida tem a medida certa”, reflete.

IMPACTOS DO EXCESSO DE TELAS

Durante um período em que seu filho passou mais tempo no celular por conta do trabalho, Alcione notou mudanças no comportamento dele. “Ele ficava nervoso e irritado com certos vídeos e jogos. Isso me mostrou que não posso deixá-lo usar o celular sozinho, sem orientação. É importante estarmos atentos ao conteúdo consumido”, relata.

Além disso, ela observa como o uso excessivo de telas pode afastar as crianças do convívio familiar. “As telas acabam educando de forma negativa, fazendo as crianças perderem o interesse nos pais e em quem convive com elas. É preciso resgatar o tempo de qualidade juntos.”

TECNOLOGIA COMO FERRAMENTA

Apesar dos desafios, Alcione reconhece os benefícios que o uso moderado e consciente da tecnologia pode trazer, especialmente para seu filho autista. “Ele se comunica melhor e se sente mais à vontade para brincar com outras crianças. Os vídeos certos o ajudam a entender o mundo e a interagir de forma mais clara com os adultos”, conta.

Para ela, o segredo está no equilíbrio. “Tudo tem limite. Eu permito o uso do celular, mas também mostro que existem outras formas de aprender e se divertir. Brincamos juntos, fazemos leituras e ele entende que o celular não é a única fonte de entretenimento.”

ATIVIDADES FORA DAS TELAS

Alcione faz questão de criar momentos offline que estimulem o desenvolvimento emocional e social do filho. “Brincamos na rua com outras crianças, jogamos bola, andamos de bicicleta. Ensino a ele que todos somos diferentes e que isso é o que torna a vida rica e interessante.”

A mensagem dela é clara: o celular pode ser um aliado, mas nunca deve tomar o lugar das interações reais e das experiências que ajudam as crianças a crescerem emocionalmente fortes e socialmente conectadas.

Comentários

Os comentários não representam a opinião do iFolha; a responsabilidade é do autor da mensagem.

Você deve se logar no site para enviar um comentário. Clique aqui e faça o login!

Ainda não tem nenhum comentário para esse post. Seja o primeiro a comentar!


Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *