TELAS E INFÂNCIA:
UM EQUILÍBRIO NECESSÁRIO!
Carla Monique Gomes Gimeniz, psicóloga e coordenadora na Comunidade Terapêutica Renascer, explica como estabelecer limites saudáveis e fortalecer relações familiares na era digital.
Bruna Arantes – A tecnologia faz parte do dia a dia das famílias, mas o uso excessivo de dispositivos eletrônicos pode trazer sérios impactos ao desenvolvimento emocional e social das crianças. Segundo a psicóloga Carla Monique Gomes Gimeniz, especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental, o equilíbrio é a chave para aproveitar os benefícios da tecnologia sem comprometer as interações interpessoais.
“O excesso de eletrônicos pode levar ao isolamento social, à ansiedade e a dificuldades de aprendizagem. É importante que os pais estejam atentos ao tempo que os filhos passam nas telas e incentivem atividades que favoreçam a interação e a criatividade”, destaca Carla.
SINAIS DE ALERTA
Para Carla, existem comportamentos que indicam dependência de dispositivos. “Crianças que passam muito tempo nas telas tendem a perder o interesse em brincadeiras fora do ambiente digital, ficam mais irritadas e podem apresentar alterações no sono devido ao excesso de estímulos”, explica.
Apesar dos desafios, Carla destaca que a tecnologia, quando usada com equilíbrio, pode ser uma ferramenta educativa poderosa. “No entanto, é fundamental garantir que ela não anule as relações interpessoais nem substitua o contato físico e as experiências reais”, afirma.
Os pais devem criar uma rotina que inclua momentos offline, incentivando atividades que promovam a interação com outras pessoas e o contato com o mundo ao redor.
COMO ESTABELECER LIMITES
Definir regras claras para o uso de dispositivos é uma tarefa dos pais, e Carla ressalta que isso deve ser feito com diálogo e organização.
Além disso, é importante que os pais sejam consistentes e deem o exemplo. “Se os pais passam muito tempo nos celulares, a mensagem que passam é contraditória. O ideal é criar uma rotina equilibrada que beneficie toda a família”, sugere.
“Estamos cada vez mais dependentes dos eletrônicos, e isso afeta o tempo e a qualidade da interação com nossos filhos. Muitas famílias passam o dia conectadas, mas distantes umas das outras”, lamenta.
Para mudar essa realidade, a psicóloga sugere que os pais criem momentos de convivência sem dispositivos e priorizem atividades em grupo.
UMA REFLEXÃO
PARA AS FAMÍLIAS
A mensagem de Carla Monique é clara: é possível conciliar tecnologia e convivência familiar, desde que haja equilíbrio e comprometimento. “Regrar e dosar o tempo é um ato de cuidado”, garante.
Com atenção, diálogo e exemplo, as famílias podem construir uma rotina que une o melhor do mundo digital com a riqueza das experiências reais.
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