Os clubes se dividiram em 2 grupos e meio na negociação dos direitos do futebol brasileiro: Libra (que reúne, basicamente, Flamengo e os times paulistas); Liga Forte Futebol – LFF (Fluminense, Internacional e clubes de Minas, Sul, Nordeste e Centro-Oeste); e há as SAFs (Sociedades Anônimas de Futebol), como Botafogo e Vasco, que negociam junto com a LFF, mas não aderiram à Liga.
Trata-se de negócio bilionário, que atraiu interesse de fundos internacionais e de instituições financeiras brasileiras. A divisão é prejudicial ao produto, mas não se descarta que, mais adiante, chegue-se a uma liga única, apesar das dificuldades.
O fato é que a LFF vendeu 20% dos direitos do Brasileirão nos próximos 50 anos, a partir de 2025, por R$ 2,35 bilhões, para Life Capital Partners e Serengeti Asset Management. O contrato foi assessorado pela XP Investimentos, e 21 dos 26 clubes da LFF receberão adiantamentos que somam, no total, R$ 500 milhões.
E a XP já está comercializando o Fundo Sports Media Futebol Brasileiro, que conta justamente com os 20% nos direitos do futebol – mídia e comerciais – da Liga Forte de Futebol.
Monopólio da mídia prejudicou direitos do futebol brasileiro
Na divulgação do fundo, a XP destaca que “o Brasil é o País do Futebol”, mas que “esse título vem não somente pela sua história, mas também pelo alto número de torcedores, clubes, jogadores locais e por ser o maior exportador de talentos do mundo”.
E alfineta: “O mercado de futebol no Brasil tem sido um monopólio de mídia nos últimos 20 anos, o que tirou eficiência e competitividade (…) ao longo desse período.” Acrescenta que os direitos do futebol estão depreciados e têm grande espaço de valorização.
O fundo da XP fará captação de recursos com investidores e a partir de 2025 começará a receber as receitas e distribuí-las. O fundo tem prazo total de 10 anos, contudo, haverá distribuição pelo menos semestral de dividendos – “caso a Liga não seja vendida (melhor cenário)”.
O retorno projetado é de TIR (taxa interna de retorno) de inflação + 5,4% no cenário conservador; inflação + 19% até 2035 no cenário base; ou saída antecipada, caso seja feito lançamento de ações (IPO) ou venda para outros investidores, com múltiplo de saída de 15x o Ebitda.
Os direitos do futebol brasileiro estão ao alcance do investidor que puder arcar com o valor mínimo de R$ 10 mil.
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IAB em defesa do jornalismo
O Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB) assinou, nesta quinta-feira, um acordo e um plano de trabalho, com início imediato, contra violações à liberdade de imprensa em nível nacional. A parceria une o Ministério Público Federal (MPF), por meio da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC), com o IAB, Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e mais 7 instituições.
O diretor-secretário responsável pelas Relações Institucionais do IAB, Armando de Souza, destacou: “Nós vamos contribuir do ponto de vista do Direito, para embasar juridicamente a defesa desses profissionais.”
Rápidas
A Rodenstock Brasil marca presença na 12ª Edição do Jantar Científico no Rio de Janeiro, nesta segunda-feira, às 20h. A multinacional alemã apresentará as lentes B.I.G. Norm, produzidas por meio de Inteligência Artificial, e as MyCon, projetadas para controlar o avanço da miopia em crianças *** O Setembro Amarelo, campanha de conscientização e prevenção ao suicídio, será lembrado com ações especiais no Pátio Alcântara (São Gonçalo, RJ), nesta terça-feira, das 9h30 às 12h.