Perceber a diferença que o seu trabalho faz no desenvolvimento dos estudantes e ter a chance de acompanhá-los nesse processo é uma das gratificações diárias da professora Bruna Fonseca, 32 anos. Licenciada em História e atuando na área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, ela ministra Geografia no Ensino Médio Técnico da escola Senac de Santa Cruz do Sul. Há dois anos na docência, ela observa que muitos de seus alunos, vindos do ensino tradicional, chegam às aulas com pouco conhecimento do mercado de trabalho.

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Bruna afirma que a educação profissional e em tecnologia permite direcionar as potencialidades que os estudantes já possuem, bem como desenvolver habilidades necessárias à vida adulta, especialmente as demandadas pelo mercado de trabalho. “Definitivamente, os estudantes que entram pela nossa porta no 1o ano do Ensino Médio não são os mesmos que saem no 3o ano. Esse é um feedback que as próprias famílias nos dão”, revela.

A professora observa que “trazer o conhecimento técnico para o mais próximo possível da realidade dos estudantes é o melhor modo de auxiliá-los a compreender os conteúdos”. “A metodologia que empregamos no Senac se diferencia, justamente por unir todas as áreas de conhecimento e trabalhar com projetos interdisciplinares. Buscamos unir as áreas de Geografia e Física, Geografia e História, Técnico de Informática e Geografia, ou todas”, exemplifica.

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Na prática, reforça Bruna, os projetos da escola buscam suprir as curiosidades e anseios dos estudantes, de modo que se consiga unir o interesse deles ao conhecimento. “É a união perfeita, que resulta no engajamento e no aprendizado.” Para garantir que essa “união” permaneça ativa no cotidiano, Bruna usa a comunicação como diferencial. “Costumo utilizar uma linguagem que meus alunos compreendam e, assim, vou tornando o vocabulário mais complexo conforme o andamento das aulas. Na minha disciplina de Geografia, por exemplo, há muitos termos técnicos de Economia, Relações Internacionais e Geologia. São termos que não usamos no cotidiano”.

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A forma com que Bruna procura se expressar espelha-se nos exemplos que teve durante sua formação. “No Ensino Médio, com o despertar do meu senso crítico, comecei a conversar mais com meus professores de História, Geografia e Filosofia, pessoas com as quais me identifiquei. Acabei me espelhando muito nesses professores e ainda tenho contato com eles. Carrego muito deles no meu modo de lidar com os estudantes, de elaborar e ministrar as aulas”, garantiu.

Benefícios da convivência entre alunos e professores

O convívio no ambiente escolar traz benefícios para o desenvolvimento de professores e alunos. Para Bruna Fonseca, a troca em sala de aula ensina sobre ser resiliente, empática e como se comunicar. “A proximidade que tenho com os estudantes também ensina bastante. Nos seguimos nas redes sociais, conversamos pelos meios de comunicação da escola fora do horário de aula.

Eles me mandam ‘memes’ de Geografia. Sou uma pessoa melhor desde que me tornei professora e não me imagino fazendo outra coisa. Amo meus ‘Padawans’, apelido carinhoso que uso para me referir aos meus alunos, como uma professora fã de Star Wars que sou”, brincou.

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Essa conexão com o docente facilita o aprendizado e faz com que os alunos tenham mais interesse nas aulas e engajamento no conteúdo. Para Augusto Kersting Fagundes, 18 anos, do 3º ano Ensino Médio, integrado ao Técnico em Informática para Internet e que direciona duas certificações – em Desenvolvimento Web e Mobile –, esse é um dos principais ganhos. Ele frequenta o curso desde 2021 e vê a figura do professor extremamente necessária.

“É uma das profissões mais importantes, pois é a que ajuda a formar todos os demais profissionais”, definiu. Ao falar especificamente sobre a convivência com os docentes do Senac, ele frisa que “são totalmente abertos a ouvir os alunos, aconselhar e dar suporte”. Com aptidão e gosto por análise de dados e estatística, Augusto, que se forma no próximo dia 15 de dezembro, ainda não definiu o ramo em que pretende atuar.

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Sobre os desafios de ser professora, Bruna cita a “competição” com a variedade de estímulos que os estudantes recebem e que, muitas vezes, acabam por desviar a atenção da turma. “Os adolescentes são constantemente bombardeados com informações, e precisamos ensiná-los a selecionar e medir o quanto elas são úteis e seguras. Creio que esse seja o maior desafio para os professores atualmente.”

Diferenciais e matrículas

Com metodologia integrada ao Técnico em Informática para Internet, o Ensino Médio do Senac busca oportunizar uma vivência educacional que estimule os alunos. Ao longo dos três anos de curso, as turmas têm contato com reflexões sobre o mundo do trabalho e desenvolvem habilidades para potencializar sua jornada educacional e profissional. O modelo de educação conta com professores preparados para atuar de forma interdisciplinar. Os profissionais têm metodologia focada na autonomia do aluno, o que oportuniza o desenvolvimento de competências com base na prática, criatividade, troca de experiências e visão crítica e ética.

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Como diferenciais do Ensino Médio Técnico, podem ser citados o desenvolvimento de senso crítico, autoconhecimento, pensamento científico, empatia, colaboração, protagonismo, autodisciplina, autonomia, raciocínio lógico e a capacidade de resolver problemas.

As matrículas estão abertas. O turno da manhã está com as últimas vagas disponíveis, motivo pelo qual há perspectiva de abertura de turma no turno da tarde, com mais 35 vagas. Quem se matricular até 31 de outubro ganha desconto de 15%. A escola também dá desconto através da campanha “Indique um Amigo”. Cada indicação que efetivar a matrícula dá direito ao desconto de 50% no valor de uma mensalidade. Não há limite de indicações.

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