Em audiência pública, Câmara promove debate sobre fomento à cultura em São Luís


Com o objetivo de discutir políticas púbicas voltadas à cultura maranhense, a vereadora Professora Magnólia (União Brasil) propôs a realização de uma audiência pública, nesta quinta-feira, 05, no Plenário Simão Estácio da Silveira. 

O evento foi realizado com apoio da Comissão de Educação, Cultura, Desporto e Lazer da Câmara Municipal e reuniu agentes culturais, gestores púbicos e sociedade civil para debater os desafios e as perspectivas da cultura no município.

Compuseram a mesa durante a audiência, além da vereadora Professora Magnólia, Eni Ribeiro, co-vereador do Coletivo Nós (PT); Darci Moreira Reis, promotora de justiça da 1ª Promotoria de Justiça Especializada em Interesses Sociais sem Fins Lucrativos e Fundações Privadas; Augusto Cutrim, promotor de justiça da Defesa do Patrimônio Público; Henrique Almeida, secretário municipal adjunto de Cultura; Luís Raimundo Pinheiro, presidente da Federação das Entidades Folclóricas do Estado do Maranhão; e, Ubiraci Arerê, presidente da União Maranhense de Quadrilhas Juninas e Danças Populares.

Em discurso, a vereadora Professora Magnólia ressaltou a finalidade da audiência de incentivar a cultura na capital maranhense.

“Fico muito feliz de participar desse momento, de propor essa audiência para que possamos discutir a importância da política pública voltada para a valorização da cultura. Em apoio à cultura, neste ano, em nosso primeiro mandato, já apresentamos uma série de requerimentos que visam valorizar, reconhecer e dar a visibilidade que nossa cultura merece e precisa. Que nossa audiência seja frutífera e que saiamos daqui ainda mais fortalecidos para essa luta de defesa da cultura”, disse a parlamentar.

Em sua fala, o co-vereador Eni Ribeiro defendeu que a periferia de São Luís precisa ter acesso às ações e instrumentos de fomento à cultura.

“Em São Luís, temos um desafio muito grande em relação ao orçamento da Cultura: 20% ficam para os artistas locais e 80% para os artistas de fora. Nossos artistas locais estão cansados de viver de edital. Edital não é fomento à cultura, precisamos de um processo permanente. Os ‘fazedores de cultura’, aqueles que fazem a cultura de São Luís acontecer, produzem muito mais do que o poder público tem investido. Precisamos fomentar o que está sendo construído nas periferias”, frisou Eni Ribeiro.

Jhonatan Soares, co-vereador do Coletivo Nós (PT), cobrou respostas do poder público para as demandas levantadas pelos agentes culturais de São Luís.

“É importante que saiamos dessa audiência sabendo quando iremos retomar a discussão do Plano Municipal de Cultura da nossa cidade. Algo que precisamos colocar em pauta também é a melhoria da estrutura da Secretaria de Cultura, que não consegue dar conta da efervescência cultural de São Luís. Outra questão preocupante é que não temos pessoas da cultura popular, no âmbito municipal e estadual, para gerir e discutir a cultura popular e para cuidar dos nossos mestres da cultura que estão envelhecendo e morrendo. Precisamos de uma política de cuidado com os nossos mestres da cultura popular”, ressaltou Jhonatan Soares.


Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *