Conhecida pelos investimentos agressivos que fez no passado, a Embracer Group tem estampado manchetes nos últimos pelos cortes agressivos que está realizando em alguns de seus estúdios. Em uma reunião com acionistas realizada nesta quinta-feira (21), o CEO Lars Wingefors afirmou que parte de sua situação atual pode ser explicada pelas taxas que ela precisa pagar para diferentes plataformas.
Em certo ponto da reunião, Wingefors afirma que a companhia dedica mais dinheiro a pagar taxas de plataformas do que a investir em novos games. O comentário foi feito em resposta a um questionamento sobre o novo plano de financiamento da Epic Games. A empresa está oferecendo deixar desenvolvedores e publicadoras com 100% das receitas de títulos que ficarem exclusivos em sua loja por pelo menos seis meses.
“No fim dos dias, eu acredito que é bom ter competidores do Steam, porque isso os força a entregar suas melhores experiências”, comentou o CEO da Embracer. “Obviamente, gostaríamos de pagar menos taxas para plataformas. Na realidade estamos pagando mais taxas para elas do que estamos gastando no desenvolvimento de games a cada ano, e se você pensar sobre esse número, é realmente louco”.
CEO da Embracer elogiou a Epic Games
Durante a reunião, Wingefors também elogiou a Epic Games e seus esforços para conseguir construir uma plataforma mais competitiva. Ao mesmo tempo, ele deixa claro que sabe que os consumidores podem levar em conta fatores diferentes na hora de decidir em quais lojas e plataformas vão investir seu dinheiro.
“Os consumidores estão talvez olhando isso de maneira diferente e querem poder escolher suas plataformas. Então há muitas perspectivas diferentes para isso, e não quero me aprofundar muito nisso, mas penso que a competitividade em geral é muito boa”, afirmou. A Embracer tem boas relações com a Epic, já tendo transformado jogos como Dead Island 2, Metro Exodus e Saints Row exclusivos temporários de sua loja.
Ainda nesta semana, a companhia revelou que fez novas rodadas de demissões em seus estúdios, tendo dispensado profissionais que trabalham na Crystal Dynamics e na criação de MythForce. Rumores indicam que a empresa está inclusive cogitando vender a Gearbox, que não descarta a possibilidade de começar a funcionar como uma entidade independente.
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Fonte: VGC
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