O treinador, então, adaptou a função do meia de origem. Armador da equipe, Raphael Veiga muitas vezes vinha buscar a bola atrás e ficava longe da área. Nas últimas partidas, a ordem foi outra: ser a referência do ataque. “Colocamos ele mais à frente, ele pode ser um 8 para ligar o jogo, mas pela qualidade também pode servir os dois da frente e fazer gols”, explicou Abel.
Ao lado de Breno Lopes e Endrick, atacantes de origem, Veiga saiu da briga desenfreada por espaço no meio-campo. Foi beneficiado principalmente pela movimentação de Breno Lopes. “O Veiga aproveitou os espaços do Breno entrelinhas e aberto, quando o Breno centraliza”.
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Nessa função de “falso centroavante”, com liberdade para se mover também pelas pontas e responsabilidade de pisar na área o tempo todo, Raphael Veiga decidiu para o Palmeiras na vitória por 1 a 0 sobre o Bahia, no Allianz Parque, pela 30ª rodada do Campeonato Brasileiro —ele já tinha sido importante contra o Coritiba, na 28ª rodada, com uma assistência para o gol de Gustavo Gómez.
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O gol decisivo exemplifica a mudança de Abel Ferreira. Endrick, fora da área, parte com a bola e é derrubado. Veiga, como um centroavante dentro da área, desloca o goleiro Marcos Felipe e dá os três pontos ao Palmeiras.
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Muito importante pela confiança. Andou triste. Os torcedores às vezes não têm noção que são agressivos. Ele falhou, eu falhei, todos falhamos. Deu muito ao clube nesses três anos que estou aqui e há críticas que nos deixam magoados. Ele sentiu (…). Colocamos ele mais à frente, ele pode ser um 8 para ligar o jogo, mas pela qualidade também pode servir os dois da frente e fazer gols. É bom para ele e equipe que volte a fazer gols para se animar. Está um bocadinho de cara fechada, sim, e espero que acima de tudo continue fazendo o que tão bem faz que é ajudar o Palmeiras