Os Estados Unidos restringiram ainda mais as exportações
para a China de semicondutores e outras tecnologias fundamentais para evitar
que o país asiático avance no setor da inteligência artificial.
As restrições têm como objetivo reforçar os regulamentos que
foram anunciados em outubro do ano passado, explicou o Departamento de Comércio
em comunicado enviado à Agência EFE nesta quarta-feira (18).
Os Estados Unidos argumentam que estas tecnologias avançadas
de inteligência artificial, baseadas em semicondutores, representam uma ameaça
para a segurança do país, uma vez que a China poderia utilizá-las para melhorar
a velocidade e a precisão com as quais toma decisões no âmbito militar.
As restrições de Washington incidem sobre os semicondutores
avançados, que são o cérebro por trás dos sistemas informáticos da próxima
geração, incluindo modelos linguísticos avançados e outras aplicações de
inteligência artificial.
Concretamente, estas novas regras afetam, entre outras, a
Nvidia, sediada em Santa Clara, na Califórnia, a principal fornecedora de chips
para treinar modelos avançados de inteligência artificial e a sexta empresa
mais valiosa do mundo, informou o jornal The Washington Post.
Anteriormente, a Nvidia podia exportar para a China alguns
chips que permitem o desenvolvimento de inteligência artificial, mas esses
materiais também serão restritos.
Desde que assumiu a Casa Branca em janeiro de 2021, o
presidente americano, Joe Biden, tem procurado limitar o acesso da China a
tecnologias críticas, em um esforço para impedir que o país asiático alcance os
EUA no desenvolvimento de semicondutores.
Biden vê a China como o maior concorrente dos EUA, mas não quer que essa competição termine em conflito aberto e, para isso, intensificou os contatos diplomáticos com o gigante asiático nos últimos meses.
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