Uma reportagem publicada pela Forbes, mais importante revista de negócios e economia do mundo, destacou como a falta de emprego em tecnologia em corporações de Santa Catarina fez empreendedorismo tornar o Estado referência do setor no Brasil.

Um combinado de características fez SC se tornar referência em tecnologia, afirmam especialistas – Foto: Danny Meneses/ Pexels/ Reprodução/ ND

Conforme a matéria da Forbes, o ecossistema de tecnologia em Santa Catarina consiste em mais de 22 mil empresas do setor, com um faturamento combinado de R$ 22,4 bilhões, que respondem por 6% do PIB do Estado.

Esse contexto faz com que Santa Catarina seja o sexto maior hub de tecnologia do Brasil.

Segundo Marcelo Fett, um veterano no setor e o primeiro secretário de Ciência e Tecnologia de Santa Catarina, o Estado possui características climáticas que podem ter influenciado a criação de empresas de tecnologia.

“Dado os desafios, como a falta de reservas de óleos ou minerais e a falta de terras vastas para a agricultura, juntamente com adversidades naturais, como secas, inundações e furacões, Santa Catarina precisou se direcionar para uma alternativa econômica para garantir o crescimento”, afirma.

Escassez obriga pessoas a pensar ‘fora da caixa’ e empreenderem em tecnologia, fala empresário

Para Rafael Assunção, sócio da empresa de fusões e aquisições Questum, sediada em Florianópolis, a falta de emprego em tecnologia no Estado fez o empreendedorismo ser um caminho viável para o crescimento em Santa Catarina.

“O estado tem um número limitado de empregos corporativos, especialmente se comparado a estados como São Paulo ou Rio. Além disso, existem universidades de primeira linha que produzem um conjunto de talentos, que não é necessariamente absorvido pelas grandes corporações”, disse o empresário.

O empresário desenhou um paralelo entre Santa Catarina e Israel e destacou como as restrições podem impulsionar a inovação.

“Ambos os locais, embora de natureza distinta, são marcados pela escassez de recursos, obrigando as pessoas a pensar fora da caixa”.