Filmes e edital de cultura nos primeiros dias do CinePE 2025


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A abertura do evento, com a presença da ministra da Cultura, Margarete Moraes, e da Secretaria do Audiovisual, Joelma Gonzaga, além de outras autoridades, teve a exibição do longa de Anna Muylaert, “A Melhor Mãe do Mundo”. Em encontro promovido pelo CinePE, o Ministério da Cultura lançou o edital Arranjos Regionais, que vai investir R$ 300 milhões para impulsionar diversos setores da atividade audiovisual no país.

Com o objetivo de democratizar o acesso aos recursos do Fundo Setorial do Audiovisual e fortalecer polos de produção em todas as regiões do Brasil, o edital deverá destinar 70% dos recursos às regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Os outros 30% serão voltados à região Sul e aos estados de Minas Gerais e Espírito Santo.

Órgãos e entidades culturais estaduais e municipais poderão apresentar seus planos de ação por meio do sistema Mapas da Cultura. As inscrições começam em 16 de junho e vão até 18 de agosto de 2025.
O edital completo pode ser acessado no site oficial do Ministério da Cultura.

Na segunda noite do festival, realizada nesta terça-feira (10), no Cinema do Teatro do Parque, a celebração cultural ganhou contornos emocionantemente locais com a exibição do documentário “O Ano em que o Frevo Não Foi Pra Rua”, de Mariana Soares e Bruno Mazzoco.

O longa-metragem trouxe à tona um tema delicado para o público recifense: a ausência do Carnaval em 2021, em meio à pandemia da covid-19. O filme reflete sobre o sentimento de perda e o vazio deixado pela interrupção de uma das manifestações culturais mais emblemáticas de Pernambuco, o frevo, declarado Patrimônio Imaterial do Estado.

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A produtora Juliana Lira apresentou a obra celebrando o apoio da equipe e a emoção de exibir o filme no festival. “Esse é um filme coletivo, feito com muito amor, e sem nenhum apoio financeiro à época. É muito bonito ver um filme no Oscar, em Cannes, mas mais bonito ainda é ver ele nascendo aqui, com o apoio local. O audiovisual é uma indústria potente, que emprega muita gente, e merece incentivo.”

A diretora Mariana Soares, comovida, também subiu ao palco. “O CINE PE fez parte da minha formação como jornalista, e agora estou aqui como realizadora. Esse filme é um ato de amor pelo Carnaval e pelas pessoas que fazem essa festa acontecer. A gente não brinca Carnaval, a gente vive o Carnaval — porque ele é coisa séria. Poder voltar a viver o Carnaval com esse projeto foi ainda mais lindo.”

Nas Mostras de Curtas Nacionais e Pernambucanos, a curadoria celebrou a riqueza cultural brasileira, com filmes que abordaram diferentes territórios, vivências e expressões regionais do país.


O Cine PE segue até este final de semana, quando serão conhecidos os vencedores da edição 2025.


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