Confesso que bateu aquele frio na barriga quando o novo material da FromSoftware foi anunciado. Afinal, não havia aquele sentimento de mais um brutal sucesso “Soulsborne” – para adoradores de alto nível de desafio e exploração e cenários medievais – que nos acostumamos com perfeição e profissionalismo que a equipe do estúdio japonês explora em seus mais famosos títulos, como Elden Ring, Sekiro e, talvez o mais notório de todos, a saga Dark Souls.

Mesmo com o desenvolvimento de MetalWolf Chaos, em 2019, não estávamos seguros em desenrolar um artigo sobre o novo Armored Core VI: Fires of Rubicon, que dá sequência a franquia iniciada lá atrás, em 1997.

Aqui estamos em uma ambientação futurista e repleta de metais e tecnologia, com missões de duração variável, iniciadas a partir de uma base de operações. Com a mesma “pegada” dos anteriores, mas com cenário e estrutura bastante distante para os acostumados com o estilo.

Com espaços aumentados conforme avançamos nas fases, a oferta de mais equipamentos caminha em paralelo, além da adição de novos menus, que podem levar o jogador a render pontos para outros desbloqueios ao protagonista.

LIBERDADE

Assim como já é comum nos jogos desenvolvidos pela FromSoftware, o novo material tem aquela pegada em dar liberdade ao jogador. Ou seja, mesmo não sendo um game de mundo aberto, Armored Core VI: Fires of Rubicon não conduz você para ir ou vir em determinados caminhos pré-estipulados. Neste caso, é o jogador quem decide o que fazer para cumprir as etapas, ou até mesmo durante as compras de equipamentos, sem sugestões ou facilitações inclinadas a melhoria mais atraente e aderente para sua jornada, forçando o jogador aprender sozinho quais os melhores itens no avanço da trama.

PENSAMENTO ESTRATÉGICO

A recorrência ao baú de equipamentos é outro fator que conduz para um jogo de estratégias pessoais, onde cada jogador deverá entender suas melhores atuações com cada um deles. Ou seja, você terá de experimentar cada item para entender conexões de melhor performance.

O game, por muitas vezes, é frenético e difícil, com curtos momentos em poder “dar um tempo” para respirar e confiar no que fazer a seguir. De qualquer maneira, engana-se ser um jogo suave, pois aqueles chefões duro de roer nos outros jogos da produtora também aparecem em Armored Core VI: Fires of Rubicon.

Com gameplay excelente – exceto em ganhar costume e confiança nos controles de ataques e habilidades – o jogo é uma boa escolha aos que idolatram desafios e sistema de melhorias, com um DNA do estúdio que procura melhorar suas entregas a cada título.