O capim pé-de-galinha (Eleusine indica) é uma planta daninha altamente resistente e prevalente em cultivos de soja. A resistência dessa planta a herbicidas, como os inibidores de ACCase e o glifosato, traz desafios significativos, dificultando o controle e reduzindo a produtividade. No Brasil, o aumento na resistência a glifosato, cletodim e haloxifope foi de 52%, 21% e 42%, respectivamente, nas últimas seis safras. Este ano, os biótipos resistentes totalizam 79% para glifosato, 68% para haloxifope e 41% para cletodim.
Práticas de manejo inadequadas, como o uso repetitivo de herbicidas de ação similar e a falta de rotação de culturas, intensificam a propagação de Eleusine indica.
Matocompetição do capim-pé-de-galinha
A presença de Eleusine indica nas lavouras de soja gera competição por água, luz e nutrientes, impactando severamente a produtividade.
Estudos indicam que infestações elevadas podem reduzir a produção de grãos em até 80%, dependendo da época e densidade da infestação. Dados da Fundação MT, Embrapa e Syngenta apontam que perdas significativas ocorrem após 14 dias de convivência entre soja e capim pé-de-galinha, chegando a 10 sc/ha em 21 dias.
Manejo limpo no agroecossistema
O Manejo Integrado de Plantas Daninhas (MIPD) é uma estratégia que combina práticas culturais, mecânicas, biológicas e químicas para controlar o capim pé-de-galinha e reduzir o uso de herbicidas. A rotação de culturas, por exemplo, interrompe o ciclo de vida da planta daninha, enquanto o uso de adubação e cobertura do solo com palhada desfavorece a emergência de plântulas. Cultivares de soja de rápido estabelecimento aumentam a competitividade da cultura.
Utilização de pré-emergentes
Os herbicidas pré-emergentes são essenciais no controle de Eleusine indica, pois inibem a germinação de plantas daninhas junto à soja, favorecendo seu desenvolvimento inicial. Eles facilitam a ação dos herbicidas pós-emergentes ao reduzir a pressão de seleção para plantas resistentes. Se o controle da planta daninha ocorrer após 14 dias, herbicidas seletivos para soja já não serão eficazes para controlar biótipos resistentes. Por isso, o uso integrado de métodos, incluindo pré-emergentes, é crucial para evitar a multiplicação de plantas resistentes e o aumento de sementes viáveis no campo.
A Syngenta possui em seu portfólio robusto, o mais completo herbicida pré-emergente do mercado.
Herbicida EDDUS
EDDUS® representa uma inovação no manejo seletivo pré-emergente de plantas daninhas na cultura da soja, resultado de anos de pesquisa e desenvolvimento conduzidos por especialistas da Syngenta.
Enquanto muitos herbicidas utilizam apenas um mecanismo de ação contra as plantas daninhas, EDDUS® combina dois modos de ação, oferecendo um controle mais abrangente.
Sua formulação inclui dois ingredientes ativos complementares: fomesafem e s-metolacloro. O fomesafem inibe a fotossíntese das plantas daninhas, enquanto o s-metolacloro interfere no processo de divisão celular. Essa combinação garante um controle efetivo e duradouro.
EDDUS® é um herbicida seletivo para soja, o que permite que ele atue exclusivamente nas plantas daninhas, sem causar fitotoxicidade à soja, garantindo um tratamento eficaz sem comprometer a lavoura.
Com um amplo espectro de ação, EDDUS® é eficaz contra diversas espécies de plantas daninhas, incluindo gramíneas e folhas largas, como caruru, capim-amargoso e capim-pé-de-galinha, que frequentemente representam os maiores problemas à cultura da soja.
Os sojicultores que escolhem EDDUS® podem contar com os seguintes benefícios:
● amplo espectro, combatendo tanto gramíneas quanto folhas largas;
● alta seletividade, evitando fitotoxicidade para a cultura da soja;
● alta performance, controlando plantas daninhas resistentes ao glifosato, como capim-amargoso, capim-pé-de-galinha e caruru;
● dessecação acelerada, com ação inicial pós-emergente nas plantas daninhas;
● formulação de alta tecnologia garantindo estabilidade em condições adversas;
● manejo antirresistência: dois ingredientes ativos com mecanismos de ação diferentes e complementares
Nubia Maria Correia,
Embrapa Cerrados;
Lucas Heringer Barcellos Júnior,
Fundação MT