Jogamos: Den of Wolves promete reviver o melhor dos jogos cooperativos


Os fãs de jogos cooperativos podem comemorar: Den of Wolves, novo jogo dos criadores de Payday 1 e 2 e GTFO, tem as raízes dos clássicos com uma mistura de Blade Runner. Neste mês de março, o Omelete foi convidado a ir até São Francisco, Califórnia, para participar do primeiro teste do jogo da 10 Chambers.

O game foi revelado durante o The Game Awards 2024 com um trailer frenético e que deixou os fãs de Payday curiosos e ansiosos. E sim, fãs, podem ficar tranquilos pois o jogo parece extremamente promissor, apesar de estar em um estágio bem inicial de gameplay.

Em Den of Wolves, você vai entrar na cidade distópica de Midway, uma metrópole construída perto do Oceano Pacifico, onde os jogadores farão parte de uma organização criminosa que vai precisar realizar sabotagens, assassinatos, espionagem e, claro, muitos assaltos.

De imediato, as semelhanças com Payday são vistas, seja pela tela de escolha de equipamentos ou pela própria premissa. O diferencial está na mecânica chamada de “Dive”, onde os jogadores irão hackear mentes humanas e viajarão por locais totalmente diferentes, com outras experiências de gameplay.

Nós tivemos acesso a uma missão preliminar, no modo furtivo, onde precisamos roubar um cofre e obter um drone especial para realizar a próxima tarefa. Todos os guardas desse assalto eram como robôs, e o “chefe” deles possuía um sistema de detecção baseado no cérebro humano. Então, era possível ver linhas saindo dele indicando o momento que você poderia atacar ele ou não.

Ao eliminar os primeiros inimigos e chegar ao cofre, você coloca a sua furadeira — da mesmíssima forma que é feito em Payday, com direito a necessidade de reiniciar o equipamento de tempos em tempos — e enquanto espera terminar o furo, waves de inimigos chegam para você derrotar, mas de maneira muito mais frenética e difícil que os jogos anteriores.

Em diversos momentos, nosso grupo se via com alguém caído e precisávamos utilizar os gadgets para ajudar. Nessa versão, utilizamos torretas para posicionar no chão e, talvez o melhor item nesse estilo, um escudo que protege você das balas enquanto você pode atirar através dele.

Após realizar essa pré-missão, entramos para a missão principal em que tínhamos um local com dois andares e vários cofres menores, onde precisávamos abrir e encontrar três chaves de acesso para liberar o cofre principal, que continha a primeira rede neural humana para hackearmos.

Desta vez, não estávamos contra os “robôs” que pertencem ao governo, mas sim contra uma outra gangue que tinha o domínio daquele local. Após eliminar dezenas de inimigos e encontrar as três chaves, abrimos o cofre principal e começamos a invadir a mente — e aí que começa a loucura.

De tempos em tempos, você é arremessado para o “Dive” e a que jogamos, especificamente, me lembrou muito de Control, pelas cores e pela dinâmica que mudava toda a perspectiva. Era preciso chegar até o ponto final o quanto antes para conseguir sair dali, pois enquanto você está dentro do dive os inimigos não param de vir. Portanto, você precisa resolver logo a situação pois, quando for a hora de sair, uma enxurrada de inimigos para abater estará te esperando, aumentando seus números e ficando mais fortes.

Durante tudo isso, você ainda pode arrombar outros cofres para coletar maletas e claro, ter uma melhor recompensa no final. No melhor estilo GTFO, com um tiroteio frenético, nós fracassamos na primeira tentativa e tivemos que repetir pra ter sucesso. E que ação gostosa de jogar.

O melhor de tudo isso é estar com os amigos. Mesmo passando perrengues, pessoas caindo e tendo que parar tudo que estávamos fazendo pra ajudar, era nítido o quanto estávamos nos divertindo com aquilo.

Por ser somente a primeira versão jogável de Den of Wolves, o jogo se mostrou extremamente promissor e com uma mecânica que pode dar a liberdade para eles criarem o que quiserem, além de um jogo de FPS e roubo.

Depois da jogatina, tivemos a oportunidade de conversar com Robin Björkell, diretor de operações, e Simon Viklund, diretor de Som e Música da 10 Chambers. Além das referências claras ao seus jogos anteriores, questionei quais foram as inspirações para Den of Wolves:

Left 4 Dead, obviamente, foi o que meio que criou todo aquele subgênero de jogos cooperativos ou jogos de tiro em primeira pessoa. Mas depois disso, nós temos alguns jogos, talvez como Killing Floor”, mencionou.

Mas além de jogos, temos muitas inspirações dos filmes e animes:

De um ponto de vista mais estético e narrativo, a inspiração vem de alguns animes como Ghost in the Shell e Akira. Além disso, A Origem tem aquele conceito onde você está, tipo, entrando na mente de alguém, e é uma representação de outra coisa. Nos anos noventa, houve alguns filmes legais como Strange Days. Matrix, obviamente, também é dos anos noventa, mas, sim, tem muito de Blade Runner, obviamente. Então, sim, é daí que tiramos inspiração em termos de estética e assim por diante e estilo”, complementou

Payday 2 ainda possui uma comunidade muito ativa, com cerca de 20 mil jogadores simultâneos em média, então como eles pretendem atrair essa comunidade pro seu novo jogo:

“Nós não queremos roubar [a comunidade de Payday 2]. Acho que eles podem coexistir. Mas as pessoas que gostam de Payday, deveriam dar uma olhada em Den of Wolves, porque ele vai proporcionar mais daquilo que eles gostam. Esse jogo é a evolução daquela ideia, é como se fosse a continuação do mesmo conceito, levando-o mais longe, polindo mais. Mas ele tem um sabor que não existe em Payday com o conceito dos Dives.”

Den of Wolves ainda não possui uma data de lançamento mas será lançado primeiro para PC e depois será portado para consoles.


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