Jogo “No Place for Bravery”, desenvolvido no DF, ganha prêmio de melhor game brasileiro — Foto: Divulgação
Uma empresa desenvolvedora de games com DNA brasiliense ganhou destaque no ano passado ao ser premiada no Big Festival, que reúne candidatos da América Latina, como o melhor game brasileiro. A Glitch Factory começou em 2015 e, desde então, vem ganhando prêmios e incentivos para o desenvolvimento do jogo “No Place for Bravery“.
Segundo o diretor criativo da Glitch, Túlio Mendes, um dos primeiros passos para desenvolver o game premiado foi um edital da Agência Nacional do Cinema, a Ancine, em 2017.
“Nós ficamos em segundo lugar no edital e ganhamos R$ 500 mil para o projeto. Dalí pra frente fomos só avançando”, conta Túlio.
Túlio explica que o “No Place for Bravery” é um jogo que finge ser de ação genérico, mas que fala do abandono paterno. “Ele te muita ação, mas também carrega uma mensagem disfarçada. Acho que isso que fez com que o jogo chamasse a atenção nessas premiações também”, diz ele.
Depois de ganhar a premiação do Big Festival, a Glitch Factory também ganhou o apoio do fundo Indie Games do Google Play, que possibilitou o lançamento do jogo para dispositivos móveis. Com o investimento do fundo, a Glitch pretende lançar expansões no game e focar em uma nova produção, com a intensão de criar uma franquia.
“O investimento é fundamental para o desenvolvimento dos pequenos desenvolvedores, que muitas vezes têm ideias incríveis, mas falta dinheiro para investir. Felizmente, agora estamos vendo esse cenário mudar, e é por isso que o mercado só tende a crescer, com as empresas que estão se estabilizando agora”, comemora Túlio Mendes.
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FAC para games
Túlio Mendes, diretor criativo da Glitch Factory, do DF — Foto: g1 DF
Com o setor em crescimento no DF, os estúdios que desenvolvem esse tipo de software são também contemplados pelo Fundo de Apoio à Cultura (FAC), da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec). Este ano, são R$ 500 mil em recursos previstos em um dos editais do FAC para atender a quatro empresas do ramo.
Segundo o secretário substituto da Secec, Carlos Alberto Silva Jr, o GDF começou a incluir o segmento de jogos nos editais do FAC, a partir de 2020, diante de seu potencial na economia criativa.
“O mercado de games é atualmente um fenômeno no mundo inteiro. Em reunião recente com as associações, ficamos de planejar editais estratégicos voltados para a área”, diz o secretário substituto de Cultura e Economia Criativa do DF.
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