Lula tira foto com bandeira da Palestina em evento sobre cultura


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva posou para fotografias segurando a bandeira da Palestina durante a 4ª Conferência Nacional de Cultura na segunda-feira 4.

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A bandeira foi levada ao evento pelo poeta pernambucano Antônio Marinho, que, em sua apresentação, elogiou a postura do petista de críticas permanentes a Israel e de defesa de um cessar-fogo imediato ao conflito iniciado em 7 de outubro, com um ataque terrorista do Hamas contra Israel que deixou 1,2 mil mortos.

Desde 18 de fevereiro, quando Lula, em discurso na Etiópia, comparou a ação do governo israelense em Gaza com o Holocausto judeu promovido pelo nazista Adolf Hitler, Lula tem reiterado a acusação de genocídio contra Israel.

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Ao encerrar sua apresentação no evento, organizado pelo Ministério da Cultura, Marinho exibiu a bandeira da Palestina e a levou a Lula. Com a ministra da Cultura, Margareth Menezes, eles posaram para foto com a bandeira. Em seguida, o objeto ficou com a primeira-dama, Janja, que o ostentou durante o discurso do petista.

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Primeira-dama Janja ostenta bandeira da Palestina durante discurso de Lula | Foto: Reprodução/Canal Gov

Na conferência de cultura, Lula voltou a falar sobre o conflito no Oriente Médio; disse que “apanhou” por ter defendido a Palestina, mas que “o tempo vai provar” que ele está certo em sua postura. “Como eu sou um cara católico e creio em Deus eu acho que Deus escreve certo por linhas tortas, com o tempo a gente vai provar que eu estava certo, eu estava certo, o povo palestino tem o direito de viver, de criar o seu país, você não pode fazer o que foi feito anunciar comida e mandar torpedo, mandar bala e morte para aquelas pessoas. Até quando a gente vai ter medo, até quando a gente vai se curvar?”, discursou.

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O governo de Israel declarou Lula persona non grata em razão da declaração; entidades judaicas do Brasil repudiaram a fala do petista; e parlamentares protocolaram um pedido de abertura de processo de impeachment contra o presidente por infringir, em em tese, o artigo 5º da Lei dos Crimes de Responsabilidade. 

O dispositivo prevê que o chefe do Executivo pode perder o mandato se “cometer ato de hostilidade contra nação estrangeira, expondo a República ao perigo da guerra, ou comprometendo-lhe a neutralidade”.


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