Mandioca: alimento essencial para a cultura e culinária paraense


Um dos alimentos mais importantes da culinária paraense, está presente em várias receitas típicas regionais e faz parte do sustento de muitas famílias, a mandioca. A planta nativa da América do Sul é um alimento da tradição indígena e todas as suas partes são aproveitadas.

O É do Pará apresentou a comunidade quilombola de Espírito Santo de Itá, localizada no município de Santa Izabel, nordeste paraense. A agricultura familiar faz parte da rotina e da renda das 55 famílias que fazem parte da comunidade. Os produtos derivados da mandioca como farinha, tucupi, goma e maniva, são os destaques da produção da comunidade.

A equipe ficou hospedada em uma casa na comunidade que também funciona como Museu da Mandioca, até o local oficial ficar pronto. Um espaço que mostra a história, cultura e rotina da comunidade no trabalho com a mandioca. A professora Sigla Regina mostrou produtos e contou a história de Espírito Santo de Itá para a apresentadora Tainá Aires.

A professora se aproximou da comunidade para ajudar na construção de uma igreja, foi quando surgiu a ideia da realização do “Festival da Mandioca”, que acontece há 10 anos e é considerado patrimônio cultural e imaterial de Santa Izabel, uma festa linda que celebra a cultura da comunidade. Sigla é casada com o também professor Antônio de Pádua, ambos pesquisam sobre a localidade e juntam o material para acervo do museu.

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Sigla Regina é uma das idealizadoras do “Museu da Mandioca” e também do “Festival da Mandioca”. Ela contou ao É do Pará que percebeu nessidade de um espaço para a história e a cultura da comunidade quilombola do Espírito Santo do Itá e de seu principal produto, a mandioca – TV Liberal — Foto: Divulgação/TV Liberal

Sigla Regina é uma das idealizadoras do “Museu da Mandioca” e também do “Festival da Mandioca”. Ela contou ao É do Pará que percebeu nessidade de um espaço para a história e a cultura da comunidade quilombola do Espírito Santo do Itá e de seu principal produto, a mandioca – TV Liberal — Foto: Divulgação/TV Liberal

“A partir das pesquisas para desenvolver a festa da mandioca, percebemos o que era a mandioca, um mundo de coisas, é uma planta maravilhosa, genuinamente brasileira e nós vimos também que as coisas estavam se perdendo”, disse a professora enquanto explicava sobre a necessidade de preservar a história e a cultura para futuras gerações.

Na roça, Tainá conversou com o agricultor Aleontino da Costa que mostrou a plantação de mandioca e explicou quando estão maduras, além disso falou sobre a sua família que também trabalha com a planta. Chegou a hora de conhecer a chamada “casa de farinha”, local onde a mandioca é usada para o preparo de vários produtos, principalmente a farinha.

Acompanhando todo o processo de preparo da farinha, Cristina Damasceno que é agricultura e também presidente da comunidade, explicou como cada fase é importante e o que resulta de cada processo é utilizado para alguma finalidade. A goma, o tucupi, a farinha de tapioca e a farinha d’água, uma infinidade de produtos de apenas uma planta que se tornou essencial para a alimentação amazônica, uma força ancestral. Esse ofício é passado de geração para geração:

Na casa de farinha, a agricultora Cristina Damasceno explicou todo o processo de produção da farinha, mostrou também como é feito o tucupi e a goma de tapioca - TV Liberal — Foto: Divulgação/TV Liberal
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Na casa de farinha, a agricultora Cristina Damasceno explicou todo o processo de produção da farinha, mostrou também como é feito o tucupi e a goma de tapioca – TV Liberal — Foto: Divulgação/TV Liberal

Na casa de farinha, a agricultora Cristina Damasceno explicou todo o processo de produção da farinha, mostrou também como é feito o tucupi e a goma de tapioca – TV Liberal — Foto: Divulgação/TV Liberal

“O meu pai levava a gente para a casa de forno e a gente acabava dormindo na casa de farinha, então eu peguei toda essa origem do meu pai de criar também os meus filhos na casa de farinha, meu filho de 21 anos e minha filha de 16. Hoje em dia eu sou uma mulher realizada por criar meus filhos dentro da agricultura familiar”, disse a agricultora.

Todo mundo indicou a cozinheira de mão cheia, Jane Costa, que também é agricultora. Ela inventou uma cozinha de tacacá que é sucesso na comunidade, mas já adiantou que todo mundo terá o prazer de provar, mas que ela não vai revelar a receita. Foi observando sua mãe que surgiu a sua paixão pela cozinha e então ela foi desenvolvendo receitas regionais inspiradas em suas origens e em sua cultura.

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Jane Costa preparou um delicioso “Escondidinho de pirarucu” no quadro “Hora da Broca” no É do Pará – TV Liberal — Foto: Divulgação/TV Liberal

Jane Costa preparou um delicioso “Escondidinho de pirarucu” no quadro “Hora da Broca” no É do Pará – TV Liberal — Foto: Divulgação/TV Liberal

“Sempre relacionado a mandioca, porque é da onde a gente tira o nosso sustento, da nossa família. É o que vem dos nossos ancestrais, o que nós aprendemos, a cultivar e manipular todos os derivados da mandioca”, disse a cozinheira que faz suas receitas com a mandioca como ingrediente principal.

E no quadro “Hora da Broca”, uma receita regional de dar água na boca. O delicioso “escondidinho de pirarucu” da Jane Costa, foi preparado com massa de macaxeira cozida, na consistência de purê. O peixe pirarucu é bem temperado e refogado, como ingredientes o tucupi e o jambu. Uma mistura de sabores que provocam uma experiência inesquecível. Veja o passo a passo no site Receitas.

Reveja o É do Pará sobre a mandioca direto da comunidade Espírito Santo de Itá em Santa Izabel:

É do Pará: Mandioca – Bloco 1

É do Pará: Mandioca - Bloco 1

É do Pará: Mandioca – Bloco 1

É do Pará: Mandioca – Bloco 2

É do Pará: Mandioca - Bloco 2

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É do Pará: Mandioca – Bloco 3

É do Pará: Mandioca - Bloco 3

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