O Brasil teve grandes laterais direitos ao longo dos anos, incluindo alguns dos principais nomes da história do futebol mundial. Somente nas seleções que conquistaram a Copa do Mundo, atletas como Djalma Santos, Carlos Alberto Torres e Cafu se destacam acima dos outros.
Um nome, porém, causou polêmica em entrevista recente em que se colocou a frente desses nomes como um lateral: Gabriel.
Com passagens por Fluminense, Cruzeiro, São Paulo, Grêmio e Internacional, o ex-lateral entrou na brincadeira de comparações com colegas de posição e se colocou como melhor do que nomes como Carlos Alberto e Cafu, atrás apenas de Ilsinho e Leandro, ídolo do Flamengo.
Em entrevista ao ESPN.com.br, Gubela, como é apelidado, revisitou a entrevista e resolveu mudar uma opinião na lista.
“Eu mudei minha opinião depois do Ilsinho, porque eu recebi um monte de comentário de meus amigos falando: ‘calma, o Ilsinho jogava muito, mas era outra coisa, era outra parada’. Eu falei: vocês tem razão, o Ilsinho não, volta para lá. É meu parceirão, jogava muita bola”, disse em tom bem-humorado.
Apesar da polêmica, Gabriel explicou sua posição – sem deixar a brincadeira de lado.
“Resenha de futebol não pode morrer. E é o seguinte, é a minha opinião. Que nem eu estava falando para vocês do Marcelo. Eu classifico o jogador diferente pela inteligência, pela habilidade, pela técnica. E não é o cara que tem 50 títulos, não é o cara que que é mais rápido, não é o cara que nada”.
“Então eu classifico por isso, entendeu? O cara pode ter sido sete vezes campeão do mundo. Um meia foi dez vezes campeão do mundo, e o Zico não foi. Mas se o cara não é melhor que o Zico nos aspectos que eu classifico, esquece. O cara pode ser 50 vezes campeão do mundo, entendeu? Então, essa é a minha classificação e essa foi a minha opinião. Eu acho que tecnicamente eu fui melhor do que esses jogadores que eu falei pra você”, avaliou.
“E o Leandro é a minha inspiração, que eu não conhecia, porque eu era jovem, mas o meu pai sempre falou para mim. ‘Tem lateral, tem um lateral que é um fenômeno, ele dribla pra dentro, sai, driblando lá de dentro da área’. Se você vê meus vídeos, eu saía driblando da área também. Lá de trás, não estava nem aí. E isso na verdade é o que eu uso para classificar. Então eu sigo, na minha opinião: o Leandro e o hors concour e depois vem todos nós”, disse Gabriel, que não escapou das piadas dos amigos.
“Os caras me chamando de Naldo. “Você tá igual o Naldo, mentiroso para caramba, tomou não sei o quê”. Vão dormir vocês. Cada um cuida da sua vida que eu ganho mais”, acrescentou.
“Deixa eles cada um. E é que eles falam, falam, falam, falam, falam. Eu respondo: mas você chutou um chutinho no Maracanã? Não? Então sua opinião não vale. Essa é a resenha. Aí eu vejo uns amigos fazerem esse mesmo bate bola de vocês. Aí eu estou vendo que o cara jogou mais do que o outro que perguntaram a ele, que fala assim: “Olha, eu respeito muito, não sei o quê. Ele jogou mais que eu”. Ah, e eu escrevo na hora: você tá de sacanagem, eu vou falar, então você jogou mais que ele. Você não quer falar, deixa que eu falo”, finalizou.
Ao longo de 16 anos de carreira, Gabriel conquistou um Rio-São Paulo, um Campeonato Carioca, um Campeonato Grego e uma Copa da Grécia pelo Panathinaikos e um Campeonato Gaúcho.