Meta anuncia chatbot de IA para WhatsApp e Instagram, e apresenta novos óculos Quest 3


Os mais de três bilhões de usuários do Instagram, WhatsApp e Facebook em breve poderão interagir com chatbots de inteligência artificial generativa, do mesmo tipo do ChatGPT, dentro das redes sociais. A IA vai operar como assistente virtuai e também em ferramentas para editar e gerar imagens.

O anúncio foi feito pela Meta, nesta quarta-feira, durante a conferência Meta Connect 2023, que apresentou também a nova geração de dispositivos da empresa: o óculos de realidade mista Quest 3 e o óculos inteligente Ray-Ban Meta.

A assistente conversacional da empresa, chamada de Meta AI, será integrada as redes sociais da companhia e vão interagir com os usuários “como se fossem pessoas”. O recurso estará disponível no WhatsApp, no Messenger, do Facebook, e no Instagram. Em breve, também estarão no Quest 3 e no Ray-Ban Meta.

Os chatbots de inteligência artificial serão alimentadas com informações do Bing, buscador da Microsoft que funciona com o ChatGPT, da OpenAI, e que oferece também ferramenta para geração de imagens. Mas a IA da empresa irá além das perguntas e respostas tradicionais.

Ainda em versão de testes, a Meta também apresentou 28 inteligências artificiais que terão personalidades distintas e poderão interagir com usuários. Algumas reproduzem a personalidade de influenciadores, artistas e celebridades, como Snoop Dogg, Tom Brady e Paris Hilton. “Temos criado IAs que têm mais personalidade, opiniões e interesses”, afirmou a companhia, em comunicado.

O objetivo é que, em breve, criadores de conteúdo e empresas possam gerar personalidades próprias de inteligência artificial, com o AI Studio.

Editores de imagem com IA

Os usuários também poderão gerar imagens usando a IA. As ferramentas para o Instagram, com foco em imagens, estarão disponíveis na rede no próximo mês, segundo Mark Zuckerberg.

A Restyle, uma das ferramentas, vai permitir mudar o estilo de fotos (por exemplo, para que ela pareça uma pintura de aquarela). Outro recurso, o Backdrop, vai permitir alterar a cena ou o fundo de uma imagem, com base em um comando de texto como “me coloque cercado por cachorros”.

As imagens criadas ou alteradas usando inteligência artficial terão um selo de inficação “para reduzir as chances de as pessoas as confundirem com conteúdo gerado por humanos”, segundo a empresa. A Meta informou que está testando formas de fazer isso por meio de marcadores visíveis e invisíveis.

Quest 3 é lançado por US$ 499

O fundador e presidente da Meta, Mark Zuckerberg, apresentou nesta quarta-feira também o Quest 3, a nova geração de headsets da gigante das redes sociais. O dispositivo, com preço que parte de US$ 499 (cerca de R$ 2,5 mil), marca a entrada da empresa na realidade mista, que permite a interação de elementos virtuais, pelo óculos, com o ambiente físico.

A reserva dos óculos já pode ser feita pelo site da empresa e os envios começam no dia 10 de outubro. Segundo Zuckerberg, trata-se do primeiro “headset de realidade mista para o mercado de massa do mundo”. A tecnologia permite que os usuários naveguem entre o mundo virtual e físico.

O anúncio chega três meses depois da Apple apresentar o Vision Pro, óculos de realidade virtual e mista que marcou a entrada da empresa no segmento, e acirrou a concorrência com a Meta.

Além dos jogos interativos em 3D, a nova geração do Meta Quest marca também a estreia do serviço Xbox Cloud Gaming, da Microsoft, nos óculos de realidade virtuais da empresa. Os jogos poderão ser acessados no dispositivo a partir de dezembro e irão aparecer na tela do usuário como uma grande tela de projeção. O Roblox, plataforma de universos em três dimensões, também poderá ser acessada.

A evolução do dispositivo faz parte dos investimentos da Meta para o metaverso, com o braço do Reality Labs, que vem dando prejuízos bilionários à companhia. Zuckerberg, ao apresentar as possibilidade de uso do equipamento, sugeriu que, no futuro, o óculos poderá ser usado para tornar inteligências artificiais em hologramas humanos.

— Você vai até uma reunião e terá pessoas sentadas lá, fisicamente ou como hologramas, mas terá também várias inteligências artificiais que vão estar digitalizadas como corpos para te ajudar a fazer coisas. Esses são alguns vislumbres sobre como o digital e o físico vão se unir nesse ideia que chamamos de metaverso — disse o CEO, depois de mostrar imagens de pessoas interagindo com hologramas.

Segundo a empresa, o Quest 3 tem o dobro de processamento gráfico do Quest 2 e uma tela óptica com um salto de quase 30% na resolução da imagem. O dispositivo conta com chips da Qualcomm voltados para o processamento de dados em realidade virtual e aumentada, o Snapdragon XR2 Gen 2.


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