O Ministério Público do Rio de Janeiro pediu punição a torcidas organizadas do Botafogo e do Flamengo por causa de brigas entre elas no último sábado, dia 2 de setembro. Segundo o MP, elas entraram em confronto nos bairros da Penha e Taquara, localizados nas zonas Norte e Oeste (respectivamente) da cidade do Rio de Janeiro, no dia do clássico.

Torcedores de Botafogo e Flamengo brigam antes do clássico
O pedido do MPRJ é que duas organizadas do Flamengo e uma do Botafogo fiquem afastadas pelo período de cinco anos a partir da data da confusão.
O confronto entre as organizadas resultou na prisão de 12 pessoas e deixou três feridos. A Polícia Militar foi acionada, fizeram as prisões e encaminharam os feridos para o Hospital Getúlio Vargas.
O pedido do Ministério Público se dá porque as organizadas assinaram um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que previa punição em caso de violação do acordo.

Botafogo x Flamengo: briga de torcida — Foto: Reprodução
Botafogo x Flamengo: briga de torcida — Foto: Reprodução
Veja a nota abaixo do MPRJ
“A 4ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Defesa do Consumidor e do Contribuinte da Capital peticionou nesta terça-feira (05/09), junto ao Juizado Especial do Torcedor e dos Grandes Eventos, para que duas torcidas organizadas do Clube de Regatas do Flamengo e uma do Botafogo Futebol e Regatas sejam punidas, após a ocorrência de episódios de violência antes da partida entre as duas equipes, realizada no último dia 02/09. Na ocasião, torcedores se enfrentaram nas ruas dos bairros da Penha e Taquara, descumprindo Termo de Ajustamento de Conduta assinado junto ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ).
A petição requer que o prazo para que as torcidas Raça Rubro-Negra, Jovem do Flamengo e Fúria Jovem do Botafogo retornem aos estádios, de cinco anos, seja contado a partir do dia 02/09, e não mais a partir da data da sentença, uma vez que houve descumprimento do disposto na cláusula sexta do Termo celebrado com as torcidas organizadas.
De acordo com a cláusula sexta do documento, “na hipótese de a torcida organizada se envolver em quaisquer atos de violência, como brigas, tumultos, ou em atos que, de qualquer maneira, coloquem em risco a ordem pública, bem como proceda à realização de concentração de seus membros em violação ao acordado na cláusula anterior, independentemente de na data houver realização de evento esportivo, serão aplicadas as medidas educativas de advertência ou suspensão de comparecimento aos estádios que sediem eventos esportivos de futebol”.
A petição foi formulada após o Batalhão Especializado de Policiamento em Estádios (Bepe) encaminhar um ofício à Promotoria de Justiça, dando notícia do descumprimento do TAC. O MPRJ também solicitou ao Juízo o afastamento individual dos torcedores envolvidos nas ocorrências e identificados pelo órgão policial.”