Em entrevista à TV Globo, o ex-meia Andrés D’Alessandro explicou por que decidiu deixar o cargo de coordenador de futebol da SAF do Cruzeiro.
A saída do argentino foi anunciada na última quinta-feira (7), logo após a última partida do Campeonato Brasileiro.
A notícia pegou muitos de surpresa, já que D’Ale havia assumido a função diretiva apenas em março de 2023 – ou seja, não completou nem um ano no cargo.
De acordo com o gringo, a decisão foi tomada principalmente por um motivo pessoal: a saudade da família, que segue residindo em Porto Alegre.
“Foi difícil (a mudança para a Belo Horizonte). A gente coloca em risco algumas coisas. Sempre que mudei de clube, na Europa, Argentina, Brasil, sempre levei a família. A gente concentra muito, mas sempre a família está em casa. Esse ano foi diferente. Eu chegava em casa e estava sozinho”, ressaltou.
“Isso foi difícil. Mas esse desafio de não estar com a família não volta a se repetir”, assegurou.
D’Ale garantiu que gostaria de seguir seu trabalho na coordenação do Cruzeiro, mas salientou que não estava mais conseguindo ficar longe dos familiares.
“Gostaria de ter essa continuidade no clube. Acredito que vai ser um ano melhor que esse ano. (A saída) É pura e exclusivamente uma questão familiar”, argumentou.
“Passei o ano sem família, que viajou muito para Porto Alegre. O clube me deu essa possibilidade, porque meus três filhos ficaram lá. Tenho dois adolescentes e um menor, que foi quem mais que sofreu”, lamentou.
Sobre seu futuro, o argentino afirmou que gostaria de seguir trabalhando em cargos diretivos no futebol, ficando ligado ao esporte através dos bastidores.
“Eu gostei (ser coordenador de futebol), é uma coisa que eu continuaria fazendo. A longo prazo, não sei… Continuo sonhando com algumas coisas no futebol”, disse.
“Pode ser treinador, presidente… A gente não sabe. Futebol é uma arma muito grande. Às vezes, a gente não sabe o que significa o futebol. O futebol ainda me dá muitas coisas. Me gera tristeza e alegria. Esse ano foi muito marcante”, finalizou.