
Natural de Bandeirantes, cidade de 34 mil habitantes no interior do Paraná, Nilmar saiu cedo de baixo da asa dos pais, aos 15 anos, quando foi contratado pelo Internacional, de Porto Alegre (RS). Ficar longe da família era muito difícil. Ele via muito pouco seus pais, mas eles permaneceram em seu coração e em sua formação.
O garoto prodígio estreou no profissional do Inter com 18 anos, em 2003, e, mesmo com tudo acontecendo rapidamente em sua carreira, sempre recebeu com a serenidade interiorana a projeção.
Com apenas 20 anos, em 2004, Nilmar chegou à Europa. No Lyon, precisou entender que as coisas funcionavam de um jeito diferente. Ele não era mais o prodígio, era só mais um no elenco. Para isso, contou com o aconselhamento de Juninho Pernambucano, Cris, Caçapa e Élber, veteranos brasileiros da equipe francesa.
De volta ao Brasil, já no Corinthians, Nilmar sofreu dois rompimentos seguidos dos ligamentos no joelho. Ambos em clássicos contra o Palmeiras. O primeiro foi no joelho direito, em julho de 2005, e o segundo foi no joelho esquerdo, em março de 2006, cerca de dez jogos após voltar.
A primeira lesão foi em seu melhor momento da carreira, aos 21 anos. O baque da segunda foi violento, afinal, foi no ‘joelho bom’. Mas o que o ajudou foi o contato com a família, que aumentou no período de recuperação.