O que significa www e outras siglas usadas na internet?


Em 1989, o pesquisador britânico Tim Berners-Lee criou duas expressões que mais de 30 anos depois fazem parte do dia a dia da maioria das pessoas. O HTTP e o WWW são mais do que acrônimos para termos da informática. Na verdade, são os conceitos fundadores da web moderna — e que fizeram seu criador ser reconhecido como o pai da internet.

Toda vez que digitamos no navegador o endereço de um site, fazemos referência a muitas informações. A primeira delas, o https, indica que acessamos uma página disposta que se organiza e se comunica na rede por meio do Protocolo de Transferência de Hipertexto, que nada mais é que textos e imagens que podem ser acessados e navegados entre si por meio de hyperlinks.

A invenção do HTTP por Lee em 1989 possibilitou pela primeira vez que a internet extrapolasse os laboratórios universitários e chegasse aos usuários comuns. Passou a ser possível a todos conectar seus computadores, criar páginas e compartilhar informações e imagens na rede mundial de computadores (World Wide Web).

Juntas, essas expressões hoje estão ligadas a outra invenção de Lee, criada em 1994. Com os primeiros navegadores web disponíveis, ele percebeu que era preciso padronizar os endereços de domínios da internet. Para isso, propôs o Localizador Uniforme de Recursos (da sigla em inglês URL) e o Identificador Uniforme de Recursos (URI), estabelecendo uma sintaxe padrão para endereços web – as regras que nos obrigam a digitar http, www e .com para acessar um site.

História da internet

Nos primórdios da internet, ainda não existiam as siglas que hoje compõem o endereço de um site. Sequer existiam sites. Acessar outro computador a distância exigia conhecer protocolos de rede, cujos endereços eram basicamente manifestados na forma de números.

A origem da internet remete à Guerra Fria. Na corrida pela supremacia global contra a União Soviética, os Estados Unidos investiram em maneiras de proteger suas informações militares dos rivais e preservar a comunicação até mesmo em caso de ataques nucleares. Para isso, precisavam desenvolver uma rede descentralizada que conectasse computadores em lugares variados. Assim, em 1962, o Pentágono começou a direcionar investimentos para pesquisas em informática.

Antes de abordar o ponto central da história da internet, é preciso explicar o contexto. Os primeiros computadores conectados na rede elétrica começaram a surgir na década de 1950. Ao contrário do que temos hoje, eram máquinas gigantescas, que ocupavam salas inteiras em universidades e laboratórios — e que tinham uma capacidade de processamento de dados inferior a relógios digitais modernos.

As pesquisas então evoluíram até 1969, quando a Agência de Pesquisas de Projetos Avançados (ARPA, na sigla em inglês), vinculada ao Departamento de Defesa dos EUA, anunciou ter conectado computadores de quatro universidades diferentes. Essa rede primordial foi chamada de ARPANET.

A ARPANET era uma rede privada utilizada para o compartilhamento de informações militares entre os EUA e países aliados, como o Reino Unido e a Noruega. Mas sua viabilidade inspirou o desenvolvimento de uma rede massiva que conectasse de forma simultânea redes do mundo todo. Iniciativas para esse fim começaram a surgir em universidades, e passaram a ser chamadas de “internetworking” (interligação de redes), termo que foi abreviado em 1974 para “internet”.

Assim, graças às pesquisas de Lee, a rede mundial foi evoluindo até chegar ao formato que temos hoje.

Entenda o que cada sigla da internet significa:

Indica que o endereço web faz parte do Protocolo de Transferência de Hipertexto. Ou seja, provavelmente irá apontar para um website. Dentro do padrão da URL, é possível usar outros protocolos, como o ftp (transferência de arquivos), mailto (envio de e-mails) e data (dados brutos).

O HTTPS é uma evolução do HTTP com uma camada de segurança acrescida. Indica que os dados são transferidos por meio de uma conexão criptografada e autenticada por certificado digital.

Na URL, o prefixo www (de World Wide Web) indica que o endereço apontará para um website, e não outros tipos de conteúdos, como e-mails ou um repositório de imagens. Ele não é obrigatório para acessar um site num navegador, e está em desuso atualmente.

No registro de domínio, o .com funciona para categorizar um site comercial. Assim como o .org é usado para páginas de organizações, o .edu para as educacionais e o .gov para as governamentais.

Já o .br é a identificação do país – no caso, do Brasil. Quando o site é britânico, costuma vir como .uk, quando é espanhol, .es, e assim por diante. Páginas dos EUA, por convenção, adotam somente o .com. Porém, essa não é uma regra, e é perfeitamente possível ter um site brasileiro com o endereço finalizando somente em .com.


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