Desde o fim de dezembro de 2023, quando sir Jim Ratcliffe oficialmente comprou 25% das ações do Manchester United, muitas mudanças administrativas passaram a ser realizadas dentro do clube. Omar Berrada deixou o Manchester City para ser o CEO dos Red Devils, assim como Dan Ashworth assumirá o cargo de diretor esportivo após brilhante passagem pelo Newcastle. Jason Wilcox, diretor de futebol do Southampton, também se mudará para o norte da Inglaterra para embarcar nessa nova fase de um dos maiores clubes do mundo.
Em entrevista ao jornal belga De Tijd, o novo sócio do clube afirmou que seu papel está longe de ser apenas um dos proprietários da marca, mas sim de profissionalizar as estruturas do clube. Inclusive na relação entre a direção geral e do técnico Erik ten Hag.
– Temos que olhar para a organização do clube porque ela não está boa no momento. Pega o treinador, por exemplo: ele precisa se reportar diretamente ao CEO. Isso não é mais possível numa organização de futebol moderno -, afirmou Ratcliffe, se referindo aos novos ‘reforços’ do clube na administração do futebol.
– Então temos que garantir que tenhamos as pessoas certas nos cargos certos. Todas as pessoas na administração precisam ser das melhores do mundo. E então é importante criar um ambiente positivo, apoiador, amigável e de alta qualidade. Estava faltando essa cultura. Só com esse tipo de ambiente você tirar o melhor dos atletas. Se isso der certo, os resultados virão automaticamente. Esse é o plano e eu acredito nele.
Mais mudanças virão
O trabalho, no entanto, está longe de ser fácil. Segundo a imprensa local, existe a possibilidade de Ratcliffe inclusive cortar pelo menos 300 funcionários do clube. Inicialmente deve ser contratada uma empresa de contabilidade para avaliar os gastos, e depois tentar reduzi-los em meio à nova era.
Em campo, o clube mancuniano também parece respirar novos ares, apesar da campanha mediana. Desde o anúncio da entrada de Ratcliffe, o Manchester United ganhou 7 partidas, empatou uma e perdeu uma. Mesmo ainda estando no 6º lugar da Premier League, o clube segue firme na sua sequência positiva para buscar um lugar novamente em competições europeias, após ficar na lanterna de seu grupo na Champions League desta temporada.
Certamente o Manchester United começou a viver uma nova era. Nesta temporada, o clube gastou aproximadamente 170 milhões de libras em reforços como André Onana, Rasmus Hojlund e Mason Mount, que tiveram dificuldades nos seus primeiros meses. Para 2024/2025, a tendência seja de mais reforços após a entrada de Ratcliffe, e também que atletas como Alejandro Garnacho e Kobbie Mainoo sigam se desenvolvendo. Resta saber os resultados fora de campo com a nova administração, e também qual o tamanho da confiança que tanto Erik ten Hag como seus comandados terão com uma diretoria nova e na teoria, muito mais profissional que a montada pela família Glazer nos últimos anos.