O futebol pode ter mudanças peculiares nos próximos anos visando combater o mau comportamento dos atletas em relação à arbitragem dentro de campo. Dentre elas, podem surgir regras de outros esportes, como o Rugby, e até suspensões temporárias.
A International Football Association Board (IFAB), órgão que regulamenta as regras do futebol, irá se reunir nas próximas semanas em Londres, na Inglaterra, para deliberar as ideias, com o foco principal em coibir as atitudes dos jogadores com os árbitros.
Dentre as possíveis mudanças aparece os ‘sin-bins‘ ou pênalti box, medida adotada tanto no rugby quanto no hóquei. Por ofensas dirigidas à arbitragem consideradas não tão graves para expulsão, os atletas são retirados do jogo de maneira temporária.
No futebol, os atletas seriam suspensos por 10 minutos dentro de uma partida. E as premissas da medida foram explicadas por Lukas Brud, CEO da IFAB, em entrevista ao The Times.
“Os jogadores podem não se preocupar tanto em receber um cartão amarelo por dizerem algo inapropriado ao árbitro, mas pode fazer uma grande diferença se eles souberem que isso significa um décimo do jogo fora de campo.”
Outra medida importada do rugby seria a possibilidade de somente os capitães dos times terem a permissão de se aproximarem dos árbitros para dialogar, o que evitaria as reclamações acintosas e ofensivas.
“Se ao menos o capitão puder abordar o árbitro, então ele ou ela poderá explicar aos seus companheiros o que aconteceu. Isto funcionou bem em outros esportes, como rugby e basquete”, disse Brud.
De acordo com o The Times, as medidas já foram testadas em partidas de base ao redor do mundo, e os resultados obtidos foram promissores, com as taxas de reclamações diminuindo e os árbitros se mostrando mais confortáveis e seguros dentro de campo.
“Precisamos proteger a integridade e a imagem do jogo e ajudar os árbitros a administrarem melhor o comportamento impróprio. Há testemunhos até de árbitros do futebol juvenil sobre como sofrem de ansiedade antes dos jogos, não conseguindo dormir, porque têm medo de serem abusados, tanto verbalmente como fisicamente. Em alguns países, uma grande proporção de jovens árbitros que desistem da profissão após os primeiros anos”, finalizou.