Após a derrota por 3 a 0 para o São Paulo, neste sábado (21), pelo Campeonato Brasileiro, o técnico do Grêmio, Renato Gaúcho, subiu o tom e não garantiu que seguirá no comando da equipe gaúcha em 2024.
O treinador admitiu que seu time vive o pior momento na temporada, com três derrotas seguidas na Série A, e disse que “ainda não parou para pensar” em seu futuro para além da atual temporada.
“No futebol, as coisas mudam numa velocidade muito grande. Não só no Grêmio, mas em qualquer lugar. Eu não parei para pensar no meu futuro. Meu objetivo no momento é colocar o Grêmio entre os primeiros da tabela, já que (lutar pelo) título está difícil”, afirmou.
“Vou buscar a melhor posição no campeonato. Se vai entrar na Libertadores eu não sei, mas hoje ninguém é bom. O Renato não é bom, a diretoria é ruim, o grupo é ruim. Daqui a pouco a gente volta a vencer e aí o Renato é bom, o grupo é bom, a diretoria é ótima…”, ironizou.
“Futebol é assim no mundo tudo. É assim mesmo. Qualquer time vai oscilar. E eu estou aqui para botar a cara a tapa e pediu apoio ao grupo”, seguiu.
“Se você colocar na balança, o momento do Grêmio não é bom. Ninguém é cego. Mas aí eu te pergunto: há quando tempo o Grêmio está no G-4? Está oscilando, mas daqui a pouco para. Estamos numa sequência difícil de jogos, e com muitos problemas de lesão e suspensão. Faltam 10 jogos ainda (no Brasileiro), e vamos ver o que acontece”, complementou.
Questionado se sua permanência estaria condicionada à garantia de investimentos no elenco por parte da diretoria, Renato lembrou que o Grêmio passou por muitas dificuldades financeiras nesta temporada, tendo que reduzir sua folha salarial em um valor por volta de R$ 4 a R$ 5 milhões para conseguir deixar as contas em dia.
O comandante afirmou que, em termos de dinheiro, o panorama tende a ser melhor no ano que vem, mas ressaltou que a decisão sobre quem ficará à frente da equipe será tomada pela diretoria.
“No ano que vem, independentemente da minha permanência… Tem que ver também se o clube vai querer ficar comigo. Não sou eu que decido isso. Tenho superiores, sempre respeitei a hierarquia e vou continuar respeitando”, iniciou.
“Só que, para o ano que vem, qualquer treinador vai querer um grupo forte. No ano que vem, a grande vantagem é que o Grêmio não vai ter que entrar no ano só pagando contas… Vai entrar dinheiro também”, lembrou.
“Então, essa pergunta (sobre permanência) você tem que fazer para o presidente, para o diretor-executivo… Nós passamos muitas dificuldades na parte financeira esse ano. Se melhorar, é ver o que querem buscar no ano que vem. Se você quer buscar títulos, tem que investir. Se você tiver qualidades, as chances de ganhar são maiores”, acrescentou.
“E, se você não investir, aí tem que ver o plano no começo do ano. Se não investir, vai ficar nessa parte da tabela”, finalizou Renato, se referindo ao “bolo” de times que brigam por vaga na CONMEBOL Libertadores.