Inaugurado há quase 95 anos, o Teatro da Ubro (União Beneficente Recreativa Operária), no Centro de Florianópolis, foi recentemente criticado por artistas devido às condições precárias que afetam os artistas e o público que frequentam o local.
Há pouco mais de um ano essas preocupações foram apontadas em reportagem do Grupo ND, que indicou, entre outros problemas, goteiras e pichações na fachada que é tombada como patrimônio histórico. Ainda nesta semana, o assunto foi discutido na Conferência Municipal de Cultura, espaço voltado para setores das artes e da sociedade civil que debatem os rumos das políticas culturais para Florianópolis.
Conforme a presidente da Fundação Cultural de Florianópolis Franklin Cascaes, Roseli Pereira, o estado do prédio e a necessidade de uma reforma foram citados na segunda-feira (23) pelo Conselho de Cultura, que reivindicou ações também na Casa da Memória.
Além disso, dentro das discussões dos seis eixos da Conferência Nacional de Cultura, propostos pelo Ministério da Cultura, o assunto foi abordado no eixo que trata de Identidade, Patrimônio e Memória. Roseli reforça que a administração municipal já tomou providências para o prédio.
Ordem para elaborar projeto
Em 11 de agosto deste ano, foi assinada uma ordem de serviço no gabinete do prefeito para a elaboração de um projeto de restauro do Teatro da Ubro e da Casa da Memória. A empresa contratada, a Prosul, tem prazo de 120 dias – até 11 de dezembro – para apresentar o projeto.
“É com base nele e do orçamento que será licitada a empresa para dar início às obras”, frisa a presidente da Fundação Cultural.
Situado na escadaria da rua Pedro Soares, que unia o antigo Centro da cidade às chácaras das imediações, o Teatro da Ubro homenageia a entidade que até 1951 ocupou o espaço com atividades teatrais.
O local, que possui arquitetura com características do primeiro quarto do século 20, passou anos fechado e em 2000 foi cedido à Fundação Cultural Franklin Cascaes, que transformou o imóvel em um dos equipamentos culturais do município.