Review Sonic Superstars | Uma bela tentativa de recapturar as glórias do passado


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Sempre gostei mais do Sonic do Mario. Sim, isso parece loucura nos dias de hoje, mas cresci nos anos 1990 jogando Mega Drive, apesar de ter começado a jogar videogame com um Atari das minhas irmãs e um NES com Super Mario Bros. 3. Porém, foi com Sonic 2 que eu realmente embalei nessa coisa de “jogos eletrônicos”.

Os anos pós-Mega Drive não foram carinhosos com o ouriço, já que, tirando Sonic Adventure, que conseguiu ser bem aceito na transição do 2D para o 3D, parece que a SEGA nunca mais se acertou para fazer um jogo do seu mascote que conseguisse se atualizar e ser realmente bom.

Sonic Superstars é um jogo que tenta recapturar as glórias do passado, misturando um gameplay 2D com gráficos 3D, mas em vez de ficar apenas refazendo o que deu certo, busca criar novas experiências, principalmente quando coloca o jogador para jogar com amigos.

Correria em grupo

Sonic Superstars coloca o jogador para escolher um entre quatro personagens para a sua campanha. Estão disponíveis Sonic, Tails, Knuckles e Amy, sendo que o foco real é para que até quatro jogadores possam escolher os heróis e, pela primeira vez de um jeito decente, colocar todo mundo na mesma tela em um modo co-op.

Apesar de estar acostumado em jogar Sonic sozinho — até porque os jogos basicamente sempre obrigaram o jogador a sair correndo desenfreadamente e ter mais de um personagem atrapalharia —, Sonic Superstars tem uma forma diferente de fazer as coisas.

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O game consegue manter todo mundo junto e, caso alguém fique para trás, um simples botão leva o personagem para junto da ação, permitindo que todos permaneçam próximos uns dos outros.

Pode parecer um pouco com uma trapaça, mas funciona melhor do que o esperado. Durante os testes, tive a oportunidade de jogar com mais uma pessoa ao meu lado. A experiência foi muito mais divertida do que eu imaginava, até porque, mesmo com os dois trabalhando juntos para chegar até o final do estágio, existia uma espécie de competição para saber quem chegava antes ou fazia mais coisas na fase.

Isso acabou mostrando o verdadeiro valor de Sonic Superstars. Jogando sozinho, isso já estava mais aparente, mas o game parece ter muito mais coisas para fazer e caminhos para se tomar nos cenários, o que funciona muito bem quando se tem até quatro pessoas na tela tentando fazer de tudo ao mesmo tempo.

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Por conta disso, algo que jogadores poderiam ter dificuldade em jogos antigos do Sonic, que era simplesmente segurar para direita e tentar não cair em algum poço ou bater em um inimigo, se torna realmente um jogo de plataforma em que você explora o level design.

Isso me fez repensar muito a forma como eu jogava Sonic no passado, mas me fez aproveitar muito mais Sonic Superstars no momento em que passei a explorar mais o cenário e não apenas sair correndo como se não houvesse amanhã.

Ainda é possível jogar desse jeito, mas o game tem tanta coisa nas fases que você inevitavelmente começa a achar que deixou muita coisa para trás, principalmente na sua busca pelas Chaos Emeralds.

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Novos poderes em novas fases

Sonic Superstars tenta trazer aquela sensação de nostalgia, mas sem querer repetir exatamente o que foi feito no passado. Uma prova disso é nas suas novas fases, que apesar de mostrarem similaridades a locais clássicos da franquia, como Green Hill Zone e Casino Night Zone, são novos e com suas próprias particularidades.

Outra coisa legal são os poderes que você consegue adquirir ao encontrar as Chaos Emeralds. Cada uma delas traz habilidades especiais que podem ser destravados durante as fases a partir do analógico da direita.

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É possível chamar clones para atacar todos os inimigos da tela, revelar itens e plataformas invisíveis, disparar pelo ar em qualquer direção e até parar o tempo. Isso cria novas formas de encarar os estágios e seus inimigos, novamente, fugindo apenas da correria maluca que todos conhecem de jogos do Sonic.

Outro elemento que muda um pouco a forma como você pode jogar é a forma como cada personagem se comporta no gameplay. Sonic é basicamente o desesperado que sai correndo e ninguém vai conseguir segurar. É aquela coisa desenfreada que todo fã conhece e adora.

Já Tails tem a habilidade de voar por alguns segundos e levar companheiros com ele, algo que funciona bastante para se livrar de enrascadas. Enquanto isso, Knuckles é capaz de planar, o que pode ser bastante útil quando você quer passar por grandes porções da fase sem ser incomodado. Amy, por sua vez, consegue usar o pulo duplo, uma habilidade que faz a diferença em vários momentos.

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Todos têm vantagens e desvantagens, mas é possível encontrar o melhor personagem para o seu estilo de jogo, em vez de todos serem apenas uma versão diferente do Sonic. Inclusive, a Sega incluiu como bônus uma skin para o ouriço que permite que você jogue como Rabbit, a versão original do personagem antes de ele virar o herói azul que conhecemos. Algo bobo, mas que me deixou mais empolgado do que deveria.

Nem tudo é radical

Apesar de ter elogiado bastante o game até agora, é chegado o momento de falar dos problemas de Sonic Superstars. O desempenho do game não é dos melhores, ocorrendo algumas quedas de frame que não deveriam acontecer até mesmo em momentos mais tranquilos dos estágios.

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Sonic Superstars é, mais uma vez, um jogo do Sonic em que a história é praticamente inexistente. Não chega a ser algo muito grave, já que boa parte da franquia também não tem muita história e, se formos comparar com o rival do ouriço, um certo encanador italiano, os jogos se seguram muito mais pelo gameplay do que pela sua trama bem trabalhada.

Porém, essa falta de direção além do “chegue até o final da fase” deixa o jogo um pouco chato se você for alguém que gosta de jogar sozinho. Com outras pessoas, isso muda de figura, mas o single player fica bem mais fraco.

O jogo ainda tem um modo Batalha, em que é possível competir com outros jogadores ou contra o computador em fases que podem ser de corrida, quem consegue pegar mais estrelas ou sobreviver até o final. Novamente, tudo pode ser muito divertido com outros jogadores, mas sozinho, as competições parecem meio bobas e sem muita variedade.

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Divertido, mas longe de ser revolucionário

No fim, Sonic Superstars é um jogo divertido quando você está com alguns amigos querendo passar o tempo. Seu modo co-op fica bastante divertido pelo caos que pode gerar, mas jogando sozinho, é apenas mais um jogo do Sonic. Se isso vai ser bom ou ruim, depende do quanto você gosta da franquia.

Sonic Superstars não é o jogo que trará os tempos de glória de Sonic de volta, como foi o caso com Sonic Mania, mas é um título que consegue divertir aos fãs. Às vezes, só isso já é o bastante.

Sonic Superstars será lançado dia 17 de outubro para PlayStation 5, PlayStation 4, Xbox Series X/S, Xbox One, Nintendo Switch e PC.


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