Rivais do futebol em Belém convivem na mesma rua separados por 200 metros


Numa quarta-feira à tarde, os estádios estavam às moscas. Na casa remista, apenas um funcionário do estacionamento. No Bicolor, nem isso. O Papão havia viajado para enfrentar o Amazonas, pela Série C.

O Paysandu tem um bar temático à frente da Curuzu. Os remistas costumam comer em uma feira que fica atrás do Baenão. Esses lugares têm pouco público em dias sem jogos.

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A reportagem, inclusive, foi alertada por um motorista de aplicativo sobre a violência no local. “Não dá mosca com esse celular”. Esse deserto está longe do cenário de jogos entre os maiores times de Belém, que ocorrem no Mangueirão. Enquanto o Mangueirão esteve em reforma, o Paysandu jogava na Caruzu e o Remo no Baenão, ambos com público apenas mandante.

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“Aqui fica vazio geralmente, mas quando tem Re-Pa é um inferno. A cidade para completamente”, disse José Hamilton, guarda do Remo. Apesar dos jogos geralmente serem no Mangueirão, a 10 km, as torcidas costumam fazer um “esquenta” na Almirante Barroso, onde também ficam as organizadas.

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A distância de 200 metros só é maior que os 100 metros que separam os rivais Dundee FC e Dundee United na Escócia.

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Até os anos 60, os jogadores do Remo e Paysandu se arrumavam nos seus estádios e iam andando para o campo rival. Com o aumento da rivalidade e da violência, isso não foi mais possível e um ônibus é alugado para percorrer esses 200 metros.


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