Enquanto publicamente as principais empresas de game do mercado condenem a pirataria de seus títulos, a Rockstar Games provou recentemente que a “ilegalidade” pode ajudar na preservação histórica de seus títulos. Conforme descobriu o modder ‘Silent’, a versão Steam de Midnight Club 2 é baseada em um crack famoso da época de seu lançamento.

Ele decidiu investigar os arquivos do game após em reação a um vídeo que mostrava como medidas antipirataria prejudicavam quem pagou para jogar Manhunt no PC. No Twitter, ele revelou que a versão Steam do game de corrida traz em seus códigos a assinatura de ‘RAZOR 1911’, um cracker famoso por disponibilizar cópias desbloqueadas de games.

Segundo o modder, isso ajuda a explicar os motivos pelos quais Midnight Club 2 não rodava bem no Windows Vista, embora sua demonstração não tivesse problemas. Ao que tudo indica, era o próprio crack tornado oficial pela Rockstar Games que acabava gerando conflitos com o sistema operacional.

Midnight Club 2 não é mais vendido no Steam

Há diversos motivos pelos quais a desenvolvedora de Midnight Club 2 pode ter decidido disponibilizar a cópia pirata do game no Steam. No entanto, a mais provável delas é que a companhia decidiu simplesmente evitar o trabalho de ter que tirar sua própria proteção de DRM para disponibilizar o jogo na loja da Valve.

Curiosamente, essa não é a primeira vez que alguém descobre que a empresa recorreu à pirataria como uma forma de preservar seus jogos. Anteriormente, ela também vendeu cópias crackeadas de Manhunt e Max Payne 2 no Steam, cujas versões originais podiam trazer alguns problemas.

As versões legítimas dos jogos traziam sistemas de proteção que, caso não funcionassem corretamente, podiam gerar obstáculos que prejudicavam a experiência de consumidores. Enquanto em Manhunt eles podiam se deparar com armadilhas mortais impossíveis de desviar, em Max Payne 2 isso resultava no surgimento de grades e outros obstáculos que impediam o avanço na aventura.

Fonte: DSOGaming