Sal – Uma Câmara Municipal amiga da cultura e dos emigrados


Maria João Brito, Vereadora da Cultura da Câmara Municipal do Sal, esteve em Roma. Falou connosco acerca da política cultural nessa ilha e dos desafios de a tornar cada vez mais acolhedora para nacionais e turistas, mas também para os cabo-verdianos emigrados, por forma poderem investir na ilha. Foi nesta ordem de ideias que, a convite duma das associações de cabo-verdianos em Roma, veio à Itália para conhecer e estreitar laços de amizade com a comunidade.

Dulce Araújo – Vatican News

Em Cabo Verde, 18 de outubro é Dia Nacional da Cultura e das Comunidades. Em todo o país e na diáspora organizam-se atividades culturais para marcar a data e muitas vezes estendem-se por vários dias. Na Câmara Municipal do Sal, começaram no dia 17 e vão até a 3 de dezembro. Contemplam Exposição de artistas locais no Paços do Concelho; uma noite de serenata nos dois maiores centros urbanos da ilha: Santa Maria e Espargos; lançamento de livro; etc. É que se trata de uma Câmara amiga da Cultura, disse Maria João Brito, Vereadora da Cultura nessa Câmara, ao falar da política cultural da mesma aos nossos microfones. Ela esteve alguns dias em Roma, tendo regressado a Cabo Verde precisamente no dia 18.

Maria João com o historiador, João Lourenço que veio apresentar um dos seus livros em Roma

Maria João com o historiador, João Lourenço que veio apresentar um dos seus livros em Roma

Maria João com o historiador, João Lourenço que veio apresentar um dos seus livros em Roma

Mesmo assim, é comum ouvir, da parte de artistas, lamentações por falta de apoios suficientes.

Ilha turística, o Sal promove geralmente também grandes eventos culturais internacionais, como, por exemplo, o Festival de Literatura Mundo do Sal.

Instada a falar do que gostaria de ver melhorado na política cultural da Câmara Municipal do Sal, a Vereadora da Cultura Maria João Brito responde com um exemplo:

Maria João Brito que era professora, aproximou-se da política em 2004, tendo sido membro da Assembleia Municipal por 16 anos como deputada e secretária. Em 2020 assumiu o cargo de Vereadora da Cultura, que passou depois a acumular com os pelouros da Educação e da Administração nessa ilha que ela define como um mundo.

Com uma economia que rodava outrora em torno das actividades do então único aeroporto internacional de Cabo Verde – o Aeroporto Amílcar Cabral – com os passar dos anos e graças às suas belas praias, o Sal passou a ser uma ilha turística, o que não deixa de ser um desafio, sublinha Maria João Brito…

Vinda a Roma a convite da Associação dos Amigos da ilha de Santo Antão, uma das associações da Comunidade caboverdiana em Roma, a Vereadora Maria João Brito, não deixa de recordar que a Câmara Municipal do Sal é também amiga dos emigrados.

Maria João Brito, (1ª da direita) num encontro da comunidade caboverdiana em Roma.

Maria João Brito, (1ª da direita) num encontro da comunidade caboverdiana em Roma.

Maria João Brito, (1ª da direita) num encontro da comunidade caboverdiana em Roma.

Maria João Brito, Vereadora Cultural da Câmara Municipal do Sal. A sua estada em Roma foi ocasião para esta conversa que calhou na quadra do Dia Nacional da Cultura e das Comunidades que é a 18 de outubro, data que recorda o nascimento de uma das grandes figuras culturais de Cabo Verde, Eugénio Tavares, escritor, poeta, músico, jornalista, ativista social. Devido às suas denúncias dos males que afligiam Cabo Verde, entre os quais a fome,  foi repreendido pelas autoridades da época e teve de emigrar para os Estados Unidos, onde fundou o jornal Alvorada. Viveu entre 1867 e 1930, tendo falecido em Sintra, na ilha Brava, sua terra natal. Deixou um grande legado cultural. 

Oiça a qui a peça toda


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