Seleção tem ano de fracassos e até jogadores admitem turbulência


“Tem coisas que a gente não controla. A gente entra em campo e tenta jogar. São ciclos que terminam. É o meu terceiro ciclo de Copa aqui. Acho que posso falar um pouco sobre isso. Esse está sendo bem diferente dos outros, óbvio. Um começo que foi meio turbulento, com contratação ou não de treinador, não é fácil. Muitos jogadores vindo pela primeira vez. Não é desculpa. Mas tantas modificações na seleção, pouco tempo de treinamento. Todo mundo vê a evolução da equipe. Mas quando a vitória não vem, fica mais difícil enaltecer a atuação da equipe”, disse o atacante Gabriel Jesus.

O atual camisa 9 do Brasil, inclusive, pelo papel que tem no time, é parte relevante do retrato atual da seleção, sobretudo no ataque. O time não engrena ofensivamente, com exceção da goleada por 5 a 1, ainda na estreia de Diniz, sobre a frágil Bolívia. Depois, foi só perrengue.

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E a isso se soma a instabilidade defensiva, com o Brasil perdendo aquela consistência dos tempos de Tite, em que tomar gol nas Eliminatórias era fato raríssimo. Nos últimos quatro jogos, foram seis sofridos. Três com bolas cruzadas na área.

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“Falando em resultados, é ruim. Mas a gente sabe que podemos fazer muita coisa boa dentro da seleção. Vejo futuro. Sei o quanto o professor trabalha, é honesto, verdadeiro. Quero muito que a gente consiga esse resultado para ter essa tranquilidade. No futebol, resultados são importantes para avaliar o trabalho. Tivemos um ano pós-Copa ruim. Mas é uma mudança, adaptação. Muitas coisas aconteceram depois da Copa do Mundo. É o momento de encontrar soluções”, disse o zagueiro Marquinhos.

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O Brasil sofreu com a falta de liderança. Em alguns casos, pela renovação ampla no grupo e em outros por conta das lesões. Nos dois jogos mais recentes, não teve Neymar, Danilo e Casemiro. Para piorar, Vini Jr ainda se machucou ainda no primeiro tempo diante da Colômbia e foi cortado antes do jogo contra a Argentina.

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“A falta de resultado é consequência da falta de seguimento, da mudança de ciclo. Saiu o Tite, um momento de estabilidade que a gente tinha durante dois ciclos de Copa do Mundo. Quando a gente ganhava de todo mundo, se falava que a América do Sul não era parâmetro. A gente está vendo que é diferente. Na época que estava ganhando, mantivemos os pés no chão. Agora, perdendo, não vamos ver como terra arrasada. É um processo”, avaliou Alisson.


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