Servidores do Ministério da Cultura decidiram, na última quinta, encerrar uma greve iniciada em abril deste ano que exigia do governo um plano de estruturação de carreiras, com quadros definidos, remuneração adequada ou plano de valorização, entre outros pontos.

O movimento foi interrompido por conta de uma exigência do governo federal de retorno imediato ao trabalho como condição para reabrir as negociações, mas, segundo os servidores, não houve assinatura de termos de compromisso ou garantias documentais.

Uma das lideranças do movimento, Ruth Vaz Costa, da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal, alertou que o momento exige vigilância e que o panorama não é definitivo. “Retomar a greve não é descartado”, disse.

Os grevistas alegam que a falta de plano de cargos e salários é uma situação que já deveria ter sido resolvida por um governo que alega defender a cultura.

Apesar das incertezas, as assembleias de sindicatos e confederações deliberaram pelo fim da greve. De acordo com o Observatório da Cultura do Brasil, sem a pressão da paralisação, a categoria perdeu força na mesa de negociação, e um clima de insegurança generalizada se espalhou entre os trabalhadores.