“Sonic Superstars” chega nesta terça-feira (17) para PlayStation 4 e 5, Xbox One, Xbox Series X e S, Nintendo Switch e PC.

“O desafio de se fazer um jogo de Sonic cooperativo para quatro pessoas é que não podíamos deixar o game ser lento. Sonic corre muito rápido, bem como seus amigos. Desde o conceito inicial do jogo, queríamos que todos na sala, lado a lado, jogassem conversassem em se divertissem”, diz Takashi Iizuka, chefe do Sonic Team, o estúdio por trás dos games do mascote da Sega, e diretor de ‘Sonic Superstars’.

“Desse modo, você vai poder correr muito rápido e explorar as fases como sempre fez, mas seus amigos vão poder acompanhar junto.”

O designer dos jogos do Sonic conversou com o g1 durante a Brasil Game Show (BGS) 2023. Animado com a recepção de “Sonic Superstars”, ele comentou os desafios de trazer um jogo com uma pegada clássica aos videogames atuais, usando tecnologia 3D, animação fluida e cheia de personalidade e fases desafiadoras que mostram porque o herói é o mais rápido dos games.

Ele explica que, durante as partidas, quem for à frente vai meio que “puxando” os outros jogadores que ficarem para trás. Quando alguém se separa, ele se transforma em uma espécie de ícone que vai para perto do personagem mais adiantando na fase para que, desse modo, retome o jogo a partir daquele ponto. Iizuka explica que isso também ajuda pessoas que não tem tanta habilidade ou até mesmo crianças a se divertirem junto, já que não vão morrer com tanta facilidade ao longo das fases. “Nosso objetivo é que famílias possam jogar juntas”, explica.

Ainda, o objetivo é a diversão de todos, independentemente da maneira como jogam. Você pode correr pela fase o mais rápido que puder, mas vai perder uma série de caminhos alternativos que podem levar a itens extras e os novos poderes de Sonic. “O design foi pensando tanto na velocidade quanto na exploração. Por isso, desde que trabalhei em ‘Sonic 3’, a preocupação estava na criação das fases, de oferecer muitos caminhos. Não importa como você jogue, sempre haverá algo para descobrir.”

A busca por voltar aos clássicos dos anos 1990, por mais antagônico que isso possa parecer, mostra o desejo de Iizuka em traçar um novo caminho para o porco-espinho, algo que começou com “Sonic Frontiers”, lançado no final de 2022. “O objetivo é trazer o que as pessoas gostam. Seja o visual bastante conhecido, fases divertidas e poder compartilhar essa experiência com amigos e família. Este é o caminho que Sonic está seguindo.”

Para Iizuka, um game do Sonic, como “Sonic Superstars” é apoiado em três pilares principais:

• A velocidade é a primeira delas, que focamos quando criamos o jogo e seu conceito. Isso precisa ser divertido, que pareça rápido e que seja prazeroso de jogar.
• A segunda são os personagens. Eles precisam ter suas características e atitudes que ficaram conhecidas há décadas sejam bem representadas.Isso vale para os seus amigos como Tails, Knuckles e Amy Rose (os personagens jogáveis de “Sonic Superstars”) bem como o vilão, o Dr. Robotnik (conhecido também como Dr. Eggman). Tudo é feito com muito cuidado porque sabemos o quanto as pessoas os amam.
• E o terceiro é sempre trazer novidades.

“Se fizéssemos sempre o mesmo jogo, as pessoas ficariam entediadas. Como desenvolvedor, precisamos sempre trazer novas experiências que surpreendam e que cada jogo tenham elementos únicos.”

Com isso, o novo game traz, além do modo cooperativo para quatro jogadores, novas habilidades para os personagens poderem explorar mais as fases. Eles podem receber uma habilidade de água, que permite escalar cachoeiras, por exemplo. Há outra em que é possível que os heróis se multipliquem, morrendo ao atingir armadilhas e permitindo que algum item que estava cercado possa ser coletado. Outro poder bastante curioso transforma os personagens em pixels, dando acesso ao mundo digital para acessar locais secretos.

Iizuka dedicou uma vida ao mascote da Sega. Ele entrou na empresa em 1992 e seu primeiro game foi “Sonic 3”, lançado em 1994 para o Mega Drive. Depois, passou por diversos jogos do porco-espinho, inclusive quando ele migrou dos jogos 2D para o 3D, com “Sonic Adventure” para o Dreamcast.

Ele reconhece que ter Sonic foi um fator muito importante de sua vida. “Foi por causa de Sonic que eu viajei o mundo inteiro, fui morar nos Estados Unidos, participar de eventos, conhecer pessoas. Tudo por conta de trabalhar com Sonic. Por conta dessa relação pessoal e profissional que tenho com ele eu pude curtir a vida. Sou muito grato.”

“Quando olhamos para o impacto do Sonic no mercado. Conseguimos fazer um jogo que é único e desde lá atrás, ele foi muito bem recebido pelo público. Para nós, é muito mais do que ter um jogo bom com um personagem legal. Se fosse apenas isso, teríamos feito apenas um jogo e seguido em frente. Ele logo seria esquecido. O que deixa os fãs interessados no em jogar por mais de 30 anos é fruto de nosso trabalho duro de trazer novos games. Estamos cruzando gerações e mídia, com quadrinhos, filmes e o seriado de animação. Queremos trazer conteúdo para as pessoas continuarem amando Sonic.”