Quase 13 anos se passaram desde o dia 7 de novembro de 2010. Mas as emoções daquela tarde de domingo, no Estádio Nilton Santos, ainda mexem com as recordações de Tartá. Autor do gol que garantiu a vitória do Fluminense em cima do Vasco, por 1 a 0, o atacante manteve o time na liderança do Brasileirão daquele ano, que terminaria quatro rodadas depois com a conquista do tricampeonato do Flu.

“Os deuses do futebol precisam pagar o Fluminense”: Tartá sobre disputa da Libertadores
– Aquela partida contra o Vasco… É um grande rival nosso do Rio de Janeiro, que não gostaria de maneira nenhuma que saíssemos campeões. Então, além de toda a rivalidade, era um jogo que tinha um peso muito grande, né? Por ser reta final de Brasileiro. Tinha outros clubes ali também no encalço do Fluminense. Então, fomos para uma guerra, né? E tive a felicidade de fazer o gol num contra-ataque rápido. O goleiro deu um rebote, eu consigo chegar concluindo e seguramos aquele 1 a 0. E aqueles três pontos ali foram de suma importância naquela reta final de Brasileiro até chegar a grande consagração, que foi o campeonato depois de 26 anos – Tartá.

Tartá comemora gol do Fluminense contra o Vasco em 2010 — Foto: Photocamera
Tartá comemora gol do Fluminense contra o Vasco em 2010 — Foto: Photocamera
Às vésperas de um novo jogo entre Fluminense e Vasco no Nilton Santos, Tartá conversou com o ge sobre o momento no Serrano, de menor investimento do Rio, e também sobre as recordações do vice na Libertadores de 2008 e no título de 2020. Confira.
– A torcida do Fluminense chama lá (o Nilton Santos) de salão de festa, né? (risos). Mas sempre foi um bom campo, eu tive até recentemente lá podendo fazer um amistoso junto do Serrano. Agora tem um novo gramado, né? Um gramado diferente e onde a bola corre muito bem, fica um jogo vivo, um jogo diferente Mas acredito eu que o Fluminense vai sair muito bem nesse tipo de campo devido à plataforma do Diniz de jogar, de aproximação, toques rápidos. Eu vou no palpite de 2 a 0.

Bernardo e Tartá relembram jogos de Vasco e Flu no Nilton Santos
Título começou em 2009
– Foram os percussores né, os verdadeiros guerreiros, foram aqueles que estavam lá em 2009, e tivemos alguns remanescentes nesse mesmo elenco, que qualificou ainda mais com a chegada de grandes nomes – disse Tartá, recordando a fuga do rebaixamento em 2009 que culminou com a conquista do Brasileirão no ano seguinte.
Libertadores 2008
Muitos tricolores podem não recordar, mas Tartá não fez parte só da campanha do Brasileirão de 2010. Ele também atuou no vice da Conmebol Libertadores de 2008. Entrou em jogos da fase grupos e também nas oitavas daquele ano contra o Atlético Nacional. Nas finais, contra a LDU, esteve no banco.

Em 2008, Flu foi derrotado pela LDU na final da Libertadores — Foto: André Durão
Em 2008, Flu foi derrotado pela LDU na final da Libertadores — Foto: André Durão
Com o Flu de volta à semifinal da competição após 15 anos, o atacante acredita que chegou a hora de um acerto de contas.
– Por capricho mesmo do destino acabou que perdemos nos pênaltis, num dia que o Maracanã estava com uma atmosfera perfeita. Então, mediante a tudo isso e mediante ao que esse grupo também vem fazendo… Acho que eles vão lavar a alma de muita gente, de muita gente mesmo, gente que estava lá torcendo naquele dia, atletas, comissão, que estavam fazendo parte daquele elenco. Todo o mundo tá torcendo para que o Fluminense consiga, enfim, ser campeão.
De volta a Xerém

Tartá foi revelado no Fluminense — Foto: Jorge William/ Agência O Globo
Tartá foi revelado no Fluminense — Foto: Jorge William/ Agência O Globo
Muita coisa aconteceu na vida de Tartá desde que ele saiu do Flu. Rodou por times do Japão, Irã, Tailândia, Criciúma, Goiás, Joinville, Bragantino, Boavista e Brasiliense. Hoje, aos 34 anos, segue ativo no futebol. E bem perto de onde tudo começou. Defendendo o Serrano na Série B do Rio, o atacante está treinando e vivendo em Xerém, bem perto de onde deu os primeiros passos no futebol.
– Tem sido uma puta experiência, uma experiência muito boa, porque voltar não tem como não voltar no tempo. Então todos os dias eu passo em frente ao CT do Fluminense, quantas e quantas vezes no ponto (de ônibus), então, tudo isso tem sido uma nostalgia muito boa que eu tenho tido aqui nesse lugar. E a galera lá do Serrano também me recebeu super bem, fui muito bem recebido pelo grupo, pela comissão. Eu estou muito feliz – concluiu.
O Fluminense enfrenta o Vasco, neste sábado, às 16h (de Brasília), no Nilton Santos, pela 23ª rodada do Campeonato Brasileiro. Com 38 pontos, o Flu é o quinta na tabela de classificação.
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