Técnica de futebol feminino faz rifa para concluir curso


Uma das profissionais mais qualificadas em atividade no futebol feminino do RN, Denise Fernandes, está em contagem regressiva para seguir para o Rio de Janeiro, onde vai participar da parte prática da licença A para treinadores no Brasil. Os gastos para chegar a este nível de qualificação são considerados altos para um professor de Educação Física, batendo a casa dos R$ 10,5 mil, e Denise lançou uma campanha para conseguir os recursos necessários com intuito de dar um passo definitivo no mercado da bola.

A carioca radicada em Natal, tem 36 anos, e mediante a licença estará liberada para trabalhar profissionalmente em qualquer clube nacional e, para tanto, decidiu abrir a venda de uma Rifa Solidária na tentativa de arrecadar a quantia necessária com transporte e hospedagens na capital do Rio de Janeiro. O valor da premiação é simbólico e, por enquanto, a rifa está correndo entre amigos, embora qualquer pessoa possa participar.

Essa qualificação é fundamental para treinadores que pretendem assumir cargos de liderança em clubes de elite no Brasil. Ao todo são 270 horas de atividades semipresenciais. 80h de Atividades Online; 120h de Atividades Presenciais e 50h de Acompanhamento e Observação do Treinamento.

As licenças da CBF Academy para treinadores de futebol têm uma ordem específica na qual devem ser obtidas. Existem diferentes níveis, denominadas Licenças C, B, A e PRO. Lembrando que elas são progressivas e equivalentes, ou seja, para adquirir a Licença B, é necessário realizar a licença anterior, que neste caso seria a Licença C.

Denise Fernandes, hoje, comanda um projeto social voltado apenas para as meninas carentes. A escolinha denominada de Desenvolvimento Feminino, funciona no CT do PSG Natal todas as quintas-feiras.

“Esse é um projeto que nós lançamos há pouco mais de 1 ano e que reúne um bom número de atletas. Pelo fato de não contarmos com nenhum tipo de apoio, as meninas não conseguem dar muita sequência ao trabalho, por falta de dinheiro até para pagar as passagens de ônibus. Então é normal em um dia de treino ocorrerem muitas faltas”, disse.

Como o local e todo o material de treino é cedido pela administração do PSG Natal, Denise que não recebe patrocínio, nem verbas externas, conseguiu montar uma rede de voluntariado para tentar modificar a vida dessas meninas. “Contando com as mães e demais familiares das atletas, somados a uma rede de amigos, consegui montar uma comissão com nutricionista, fisioterapeutas, auxiliares técnicos e outros profissionais da área esportiva. Buscamos dar um tratamento digno a essas 76 meninas, que sonham em vencer na vida através do esporte”, ressaltou.

Para ilustrar a determinação e a força de vontade das participantes do projeto, a treinadora, que tem dois cursos e a licença da CBF e outro curso de analista de talentos, cita o caso da menina Maria Geovana Tomaz, 9 anos, que mora na cidade de Taipu e toda semana gasta em torno de R$ 150 para vir treinar em Natal.

“Como disse, temos muito problema com a frequência das alunas. Geovana, mesmo morando no interior, nunca faltou a um treino porque consegue arranjar o dinheiro da passagem. Mas para nós que estamos no projeto, independentemente do número de alunas que comparecerem, iremos dar o treino. Pode ter comparecido apenas uma aluna”, ressaltou a treinadora.

Serviço
Rifa Solidária
Preço R$ 15
Pix: 84 988611638
Sorteio 20 de dezembro


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