Tecnologia Assistiva na educação de pessoas com síndrome de Down


Conforme o artigo “ Tecnologia assistiva aplicada como metodologia de ensino para alunos com síndrome de Down” de 2021, por Cláudia da Costa e Adriano Braga, as crianças com síndrome de Down dispõem de um fator determinante nas limitações cognitivas, elas detêm uma deficiência na memória auditiva de curto prazo que dificulta o acompanhamento de instruções faladas e de duração longa, principalmente quando envolvem múltiplas informações ou comandos, ou orientações sucessivas, comprometendo a elaboração de conceitos e frases maiores, com o vocabulário reduzido, fator que contribui para o atraso na linguagem e na comunicação e interação social. 

Dessa forma, a Comunicação Aumentativa e Alternativa (CAA), umas das categorias de TA, é um conjunto de recursos e estratégias com a meta de promover e ampliar as capacidades de expressão e compreensão na comunicação de pessoas com limitações derivadas de várias deficiências: restrição da fala, escrita funcional ou em defasagem entre a necessidade comunicativa e a habilidade de falar, entre outros. 

A CAA, de acordo com o artigo, é utilizada na educação de pessoas com síndrome de Down. Em seus sistemas, faz o uso de um conjunto de símbolos gráficos, figuras, fotografias, números, círculos para as cores, desenhos e alfabeto. Esses elementos são adequados para a idade do usuário, utilizados na construção de cartões e pranchas de comunicação, que podem combinar entre si para a criação de recursos de comunicação, em especial em atividades educacionais.  

O motivo dessa técnica utilizar esses meios, segundo a obra, está no fato de que a habilidade de memória dos jovens com síndrome de Down é mais desenvolvida e manifesta maior capacidade de processamento e assimilação de informações caso tais instruções estejam acompanhadas de gestos, imagens, figuras, vídeos e sons, pois estimula a atenção dos estudantes com a síndrome e, assim, trabalha o aspecto afetivo, funcional, rítmico, comunicativo e etc. 

Para Suellen Costa Ripka, Terapeuta Ocupacional da Apae Curitiba, “a forma como a CA é implementada geralmente estimula a oralidade através do parceiro de comunicação e a percepção do usuário a partir do momento em que é compreendido em seus pensamentos e necessidades. Usar a CA como recurso, é dar a possibilidade de fala e compreensão àqueles que foram por muito tempo silenciados e incompreendidos”, afirma. 

Além da CAA, há vocalizadores, computadores e softwares que realizam um papel importante como instrumentos pedagógicos no processo de aprendizagem, comunicação e expressão do aluno com síndrome de Down. O artigo afirma que os softwares educacionais são potencializadores na aprendizagem de estudantes com deficiência intelectual. 

Diante disso, a TA proporciona a pessoa com deficiência maior independência, qualidade de vida, e inclusão social por meio da ampliação de sua comunicação, mobilidade, aprendizado e, quando aplicadas em pessoas com síndrome de Down, possibilita sua participação em atividades educativas. 

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