Tecnologia e natureza se aliam para evitar acidentes em um dos principais aeroportos do país


Aves de rapina 'trabalham' em Aeroporto Internacional de BH

Aves de rapina ‘trabalham’ em Aeroporto Internacional de BH

A tecnologia e a natureza se aliaram para evitar acidentes em um dos principais aeroportos do país.

“Realizaremos a decolagem aqui na 228”, diz o comando autorizando um drone a subir no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins.

O drone ajuda na operação e ainda monitora a aproximação de aves na pista. A presença dos animais pode atrasar voos e até provocar acidentes.

“Ano passado a gente capturou 343 espécies e devolvemos ao meio ambiente. Esse ano a gente já capturou aí próximo dos 200”, diz o diretor de operações Herlich Bastos.

O Centro de Investigação Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) registrou 3.263 colisões de aves cm aviões no Brasil em 2022. Em média, nove incidentes por dia.

“Se eu tenho mais aeronaves voando, consequentemente, a tendência é de ter mais casos de choque com aves. E, além disso, tem a questão do lixo, material orgânico, tudo isso faz com que as aves fiquem naquele local, vivendo ali, porque ela se sente segura”, alerta o professor de aviação Kerley Oliveira.

O drone é um aliado importante. Outro apoio, no entanto, vem da própria natureza. As aves de rapina também ajudam no controle de pássaros em regiões de aeroportos.

Em Confins, são seis animais treinados para fazer ronda todos os dias. A Aurora é um deles: um falcão-sacre que tem três anos de idade. No terminal, a principal função dela é ser patrulheira do céu. Ela tem até crachá.

“Dentro do carro a gente circula em toda a área aeroportuária, identificando os possíveis problemas. No caso, um bando de ave, por exemplo, eles atuam, a gente escolhe, a gente elege a melhor espécie para atuar na dispersão”, diz o coordenador de manejo de fauna Marcos Cruz.

Tem ainda a ajuda do cão Martin. A missão dele é espantar os quero-queros e qualquer passarinho dos canteiros.

Desde que o aeroporto começou a ter animais auxiliando a operação, percebeu uma redução no número de incidentes.

“Zerar completamente, a gente sabe que não é possível. Mas, pelo menos, mitigar. Pelo menos diminuir esse número de colisões. Esse é a função do serviço”, completa Cruz.


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