Em nota oficial divulgada na noite desta terça-feira, o Vasco informou que recebeu com perplexidade a posição da CBF, que entendeu que o gol de Paulinho, no último domingo, contra o Palmeiras, foi bem anulado.

Comissão de arbitragem da CBF concorda com anulação do gol de Paulinho, do Vasco
O clube comunicou que o CEO Lúcio Barbosa e o diretor de futebol Paulo Bracks estiveram nesta terça na sede da CBF, tratou a anulação do gol como absurda e ressaltou que a entidade deve zelar pelo cumprimento das regras.
– O Vasco recebeu com perplexidade a posição da CBF de defender a absurda anulação do legítimo gol contra o Palmeiras, no último dia 27. Por mais que queira defender seu quadro de arbitragem, a confederação tem o dever de zelar pelo cumprimento da regra do jogo e pela isonomia entre as equipes, algo que está em xeque após mais um duelo em que nosso clube foi prejudicado. Na manhã de hoje, o Vasco, representado pelo seu CEO, Lucio Barbosa, e pelo diretor de futebol, Paulo Bracks, reiterou em visita à sede da CBF nossa exigência para que o clube tenha árbitros de primeira linha em nossas partidas e que episódios como o de domingo não se repitam – diz a nota.

Lúcio Barbosa (foto) e Paulo Bracks estiveram na sede da CBF nesta terça — Foto: Daniel Ramalho/Vasco
Lúcio Barbosa (foto) e Paulo Bracks estiveram na sede da CBF nesta terça — Foto: Daniel Ramalho/Vasco
Nesta terça, em vídeo divulgado pela CBF, a Comissão de Arbitragem concluiu que o árbitro acertou ao anular o gol de Paulinho, do Vasco, na partida contra o Palmeiras no domingo passado. A entidade divulgou os áudios do VAR e explicou as razões da decisão do árbitro Wilton Pereira Sampaio e do árbitro de VAR, Igor Junio Benevenuto. O principal argumento é de que não houve início de um novo lance de ataque do Vasco, ou seja, o impedimento de Vegetti foi corretamente assinalado.
Acompanhado de Péricles Bassols (gerente de VAR da CBF) e Giuliano Bozzano (gerente técnico de arbitragem), o presidente da Comissão de Arbitragem, Wilson Seneme, concluiu que três aspectos da regra sustentam a interpretação de que o lance de ataque não foi interrompido:
- A bola afastada por Richard Ríos permaneceu ao redor da área do Palmeiras
- A bola afastada por Richard Ríos foi dominada por um jogador do Vasco, e não do Palmeiras
- Richard Ríos estava sob pressão quando afastou a bola

PC Oliveira: “Discordo totalmente da análise da comissão de arbitragem sobre a anulação do gol do Vasco”
Na avaliação da Comissão de Arbitragem da CBF, os três critérios foram preenchidos, inclusive aqueles subjetivos. Para Seneme, se a bola afastasse por Ríos fosse “para mais longe”, uma nova jogada seria iniciada. O corte parou no peito de Paulinho na intermediária. E o trio da CBF afirmou que o colombiano do Palmeiras estava sob pressão na área, apesar de não haver vascaíno muito perto dele.
O Vasco se queixou bastante da anulação do gol aos 15 minutos do primeiro tempo, quando a partida realizada no Allianz Parque ainda estava 0 a 0. O time foi derrotado por 1 a 0 e segue a cinco pontos de distância do primeiro clube fora da zona de rebaixamento.
Imediatamente após a partida, o Vasco informou que iria formalizar nova reclamação à CBF contra a arbitragem – o que ocorreu em outras três ocasiões nesta edição do Brasileirão.
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