Astro de R$ 450 milhões, ‘Kvaradona’ conhece três clubes brasileiros, arranha português e usa bordões de Luva de Pedreiro: ‘Receba’


Nesta terça-feira (12), a Geórgia visita a Noruega, às 15h45 (de Brasília), pelas eliminatórias da Eurocopa-2024, precisando vencer para seguir com esperanças de classificação. A partida terá transmissão ao vivo pela ESPN no Star+.

Para conquistar um triunfo na casa adversária, a Geórgia conta mais do que nunca com os gols do atacante Khvicha Kvaratskhelia, do Napoli, que é o principal astro da equipe e atualmente avaliado em 85 milhões de euros (R$ 450,35 milhões, na cotação atual) pelo site Transfermarkt, especializado no mercado da bola.

Eleito melhor jogador da última Serie A e um dos grandes artífices do título nacional dos napolitanos, anotando 14 gols e 14 assistências ao longo da temporada e ganhando o apelido de “Kvaradona”, em referência a Diego Armando Maradona, ele tem 10 tentos em 23 partidas por sua seleção.

Ainda jovem (22 anos), Kvaratskhelia começou a ganhar notoriedade após ser descoberto pelo Rubin Kazan, da Rússia, que o contratou em 2019/20, quando ele estava emprestado pelo Metalurgi Rustavi, da Geórgia, ao Lokomotiv Moscou.

Em 2022, ele retornou ao seu país natal para atuar pelo Dínamo Batumi. Foi no clube georgiano que fez amizade com um jogador brasileiro: o atacante Flamarion Jovino, que passou pela base do Palmeiras entre 2011 e 2016 antes de se aventurar no futebol europeu.

Flamarion e Kvaratskhelia atuaram juntos apenas por alguns meses, já que Kvara seria vendido ao Napoli no meio de 2022, mas formaram uma parceria mortal em Batumi.

Nas 11 partidas que fez pelo Dinamo, Khvicha registrou 8 gols e 2 assistências. O brasileiro, por sua vez, foi o artilheiro da liga nacional, com 19 bolas na rede.

Em entrevista à ESPN, Flamarion relembrou a convivência com o hoje astro do futebol italiano e exaltou a personalidade do amigo.

“Eu joguei contra ele algumas vezes quando ele estava começando no Dinamo Tbilisi e no Metalurgi Rustavi, e depois ele veio para o Dínamo Batumi. Formamos uma boa parceria, e tudo o que está vivendo hoje é algo que ele merece demais, pois é um menino gente boa, que trabalha muito duro e trata todo mundo bem”, exalta o brasileiro.

“Era um dos primeiros a chegar aos treinos e tinha uma boa relação com todos. Treinava bastante e sempre alegre. A alegria dele, inclusive, trouxe uma energia positiva para a nossa equipe. Alguns jogadores pegaram dele um pouco desse espírito de ser mais feliz, sorrir mais, encarar as coisas de maneira positiva, tudo por causa dele”, ressaltou.

“Hoje, mesmo tendo ganhado fama mundial, ele é um cara que manteve a essência. É gratificante ter jogado com um cara que hoje atua na Champions League e é o melhor jogador do Italiano. É muito importante inclusive para a Geórgia, pois hoje as pessoas olham diferente para cá. Todos pensam: ‘Se um talento desses saiu dali, é porque podem vir outros’. Isso atrai cada vez mais atenção para o país e para a liga nacional”, argumentou.

Fã do Brasil e do futebol brasileiro

Segundo Flamarion, Kvaratskhelia lembra muito os atacantes brasileiros por sua facilidade em driblar no espaço curto e resolver os lances com criatividade.

“A principal característica dele é o um-contra-um, tem muita facilidade nisso. Quando o Kvara fica no mano-a-mano, lembra muito o estilo brasileiro, porque gosta de driblar e tem boa finalização”, explicou.

“Ele joga de cabeça erguida sempre. Com ele do meu lado, consegui fazer muitos gols, pois ele sempre me dava a assistência ou clareava a jogada para a minha finalização. Foi um período curto, mas muito produtivo. Ele é um cara fantástico”, elogiou.

O estillo de jogo, aliás, não é a única coisa em que Khvicha se inspirou nos “brazucas”.

Segundo Flamarion, o georgiano é fã de jogadores brasileiros, conhece clubes do país e até arranha um pouco de português – muito por gostar de um dos maiores influencers do mundo da bola…

“Ele já conhecia o português e falava inclusive algumas palavras. A gente brincava bastante junto. Na época que jogamos no Dínamo, inclusive, estava aquela febre do ‘Luva de Pedreiro’, então o Kvara chegava todo dia falando os bordões, principalmente o ‘receba’ (risos)”, gargalhou.

“Ele sempre me falava muito do Ronaldinho e do Ronaldo ‘Fenômeno’, aquela safra da seleção que marcou o futebol para todo o mundo. E dos mais novos, ele gosta do Neymar e do Vinicius Jr.”, relatou.

“Dos times do Brasil, ele conhecia o Palmeiras, o Santos e o Flamengo. Hoje em dia, o futebol brasileiro está num nível bem legal, é conhecido no mundo todo, inclusive na Geórgia”, salientou.

O atacante ainda conta que Kvaratskhelia se divertiu muito ao ver a dificuldade que os brasileiros têm em pronunciar tanto seu nome quanto o sobrenome.

Com a experiência de quem está desde 2017 no futebol da Geórgia, Flamarion deu aula e ensinou à ESPN como falar o complicado nome do amigo da forma correta.

“Eu mandei uma narração do Brasil falando toda errada a pronúncia do nome dele. Falei: ‘Olha como as pessoas falam seu nome no Brasil’. Ele até chorou de dar risada! A gente ainda mantém muito contato por mensagem”, revelou.

“Aqui na Geórgia, o jeito de falar o nome dele é assim: ‘Kuícha Kuaratsqueila‘”, finalizou.

Onde assistir a Noruega x Geórgia, pelas eliminatórias da Euro?

Noruega x Geórgia, nesta terça-feira (12), às 15h45 (de Brasília), pelas eliminatórias da Eurocopa, tem transmissão ao vivo pela ESPN no Star+.


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