Laboratório de Tecnologia Assistiva do Metropolitano cria dispositivos que garantem qualidade de vida aos usuários


Todos os materiais são desenvolvidos, gratuitamente, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), a partir das necessidades apresentadas pelos usuários. Nos primeiros meses desse ano, mais de 200 dispositivos já foram confeccionados 

Por Alberto Dergan (HMUE)

11/09/2023 13h45

O Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), localizado em Ananindeua, na Região Metropolitana de Belém, conta com um Laboratório de Tecnologia Assistiva (Labta), espaço criado para ampliar a assistência a pacientes vítimas de queimaduras ou de traumas ortopédicos.

Coordenado pela equipe de reabilitação da unidade, que pertence à rede de saúde pública do Governo do Pará e é gerenciada pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), o laboratório produz órteses com materiais de baixo custo como, por exemplo, colchão piramidal, papel EVA, velcro e PVC (policloreto de vinila) para atender demanda de média e alta complexidades.

“Quem ganha, com certeza, são os nossos pacientes. O laboratório pode produzir diariamente, dependendo da necessidade apresentada”, diz o coordenador de Reabilitação, Paulo Vitor.

Produção – Somente nos primeiros meses deste ano, mais de 200 dispositivos foram pensados e confeccionados no Labta do Hospital Metropolitano para garantir autonomia e qualidade de vida aos internados, tanto de suporte para membros superiores quanto para inferiores.

“Salvar vidas e possibilitar a rápida reabilitação dos pacientes para a sociedade e suas rotinas é a missão principal do Hospital Metropolitano e esse trabalho reflete diretamente no cumprimento desse compromisso”, pontua o coordenador.

As órteses são importantes para auxiliar no desenvolvimento de atividades simples do dia a dia, como se vestir, tomar banho, comer ou usar o celular. Celso Pedrosa é paciente do HMUE há mais de 100 dias, desde que sofreu um acidente com descarga elétrica.  

“É muito importante para que a gente enxergue a reabilitação como ferramenta para ter uma vida dentro dos padrões de normalidade. Claro que quando um acidente dessa grandiosidade acontece, a gente só quer sobreviver e nem pensa nas sequelas, pensamos somente depois. Sou muito grato pelo empenho de todos em fazer com que eu retome a minha vida dentro do melhor possível”, afirmou Celso Pedrosa, um dos beneficiados com os dispositivos criados no laboratório.

Referência no Norte – Referência no tratamento de média e alta complexidade em traumas e queimados para a Região Norte pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência dispõe de 228 leitos operacionais nas especialidades de traumatologia, cirurgia geral, neurocirurgia, clínica médica, pediatria, cirurgia plástica exclusiva para pacientes vítimas de queimaduras e leitos de UTI.

O HMUE recebe pacientes da Região Metropolitana de Belém, dos diferentes municípios do Pará e também de outros estados. Em 2022, realizou mais de meio milhão de atendimentos, entre internações, cirurgias, exames laboratoriais e por imagem, atendimentos multiprofissionais e consultas ambulatoriais.


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